Autor: lusa
A ministra afirmou que o Governo reconhece "o direito constitucional à manifestação", mas que "Portugal precisa mais concertação e menos contestação" e apelou a uma postura de diálogo.
Helena André falando aos jornalistas, em conferência de imprensa, aproveitou para "valorizar a posição de abertura de algumas organizações sindicais" respondendo à "postura de abertura e diálogo anunciada na passada semana pelo Governo" relativamente a "um pacto de emprego".
Neste sentido a ministra frisou que "o Governo pretende é concertação e não contestação" e apelou a uma união de esforços.
"A contestação não vai a lugar nenhum" sublinhou a ministra para apelar novamente "à concertação".
"É através do diálogo e da capacidade de unir forças que podemos ter um Portugal melhor mais coeso e que mereça a confiança daqueles que, neste momento, têm dúvidas sobre a nossa capacidade de ultrapassar esta crise económica internacional".
A ministra escusou-se a comentar o número de participantes na manifestação, cerca de 300 mil de acordo com a CGTP.
À Lusa o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP disse não ter dados sobre o número de pessoas que estiveram na manifestação.
Helena André afirmou que as medidas que o Governo tomou no âmbito do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) são as necessárias para restaurar a confiança internacional em Portugal e garantir o emprego.
"As medidas tomadas pelo Governo no âmbito do Programa de Estabilidade e Crescimento e as medidas adicionais são fundamentais para a nossa economia e o nosso emprego e para restaurar a confiança internacional na República Portuguesa", afirmou Helena André.
A governante salientou em seguida: "se não agíssemos é que estávamos a pôr em causa os diretos dos trabalhadores portugueses".
Referindo-se às medidas de proteção do desemprego, a ministra afirmou que o Governo mantém os apoios à formação profissional e à contratação dos jovens e dos desempregados com vista a "reintegrarem-se mais rapidamente no mercado de trabalho".
A manifestação convocada para hoje pela CGTP visa protestar contra as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo.