Autor: Susete Rodrigues/AO Online
Gui Menezes falava terça-feira no Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, no âmbito da apresentação do projeto 'Mapping deep-sea biodiversity and Good Environmental Status in the Azores: assisting with the implementation of EU Marine Strategy Framework Directive' (MapGES, um projeto liderado pelo investigador Telmo Morato, que tem como obejtivo contribuir para a avaliação do estado do mar profundo dos Açores e para a implementação da Diretiva-Quadro Estratégia Marinha (DQEM) da Europa no que diz respeito ao estado ambiental do mar.
O MapGES, começou em 2016 e tem uma duração de três anos, é financiado pelo PO Açores 2020, no âmbito do concurso de apoio a projetos de investigação científica alinhados com a RIS3, e representa um investimento superior a 148 mil euros.
Citado em nota do Gacs, o secretário regional afirmou que "o MapGES é muito completo e muito relevante no que respeita ao conhecimento dos ecossistemas do mar profundo, que representam a maioria do nosso ecossistema oceânico. É um projeto de qualidade porque há um trabalho de equipa”, frisando que “a ciência de qualidade só se faz em equipa e utilizando técnicas mais atuais e de vanguarda”.
Refira-se que a equipa de investigadores do MapGES participou na expedição oceanográfica ‘Blue Azores Expedition’, que descobriu a fonte hidrotermal 'Luso', no monte submarino ‘Gigante’.
Gui Menezes adiantou que os resultados da segunda 'call' do concurso para apoio a projetos de investigação científica no âmbito da RIS3, que “obriga a contratação de doutorados, serão conhecidos em breve”, estando prevista a aprovação de cerca de duas dezenas de projetos.
O governanteexplicou que estão publicadas novas regras no setor das pescas, como é o caso da regulamentação da pesca à linha, publicada este mês, que “introduziu mais mecanismos precaucionários”, acrescentando que, no caso concreto dos demersais, “estão a ser preparadas medidas legislativas para que não se chegue a situações irreversíveis do ponto de vista das abundâncias e da utilização desses recursos”.
O secretário segional afirmou ainda, diz nota do executivo, que no âmbito do mapeamento dos habitats costeiros, será lançado um programa de monitorização dos habitats para várias espécies e de monitorização da faixa costeira, “que hoje em dia sofre enormes pressões”.