Açoriano Oriental
Governo diz que “nada impede” que municípios façam gestão da água

O presidente do Governo dos Açores disse que “nada impede” que os cinco municípios de São Miguel se articulem e façam uma gestão ao nível de ilha da água, como foi sugerido pelos autarcas.


Autor: Lusa/AO online

O socialista Vasco Cordeiro, que falava aos jornalistas no concelho de Nordeste, no segundo dia da visita de trabalho que efetua a São Miguel, referiu que o seu executivo tem vindo a intervir na captação e disponibilização da água na componente agrícola, sendo que na componente de abastecimento às populações "a responsabilidade é municipal”.

O presidente da Associação de Municípios da llha de São Miguel (AMISM), José Manuel Bolieiro, defendeu na quarta-feira que a gestão da água deve ser feita tendo em conta “a realidade de ilha, mais que a realidade municipal, na gestão em alta da água”.

O também presidente da Câmara de Ponta Delgada (PSD) sugere a elaboração de uma estratégia em que “a região tem que se envolver com os municípios”, garantindo que os autarcas estão “disponíveis para cooperar e reorganizar a gestão da água”.

Vasco Cordeiro, que salvaguardou “reconhecer muito mérito” nesta preocupação dos autarcas de São Miguel, considerou que “este é um dos elementos em que a valorização da realidade de ilha pode ser muito útil para as populações e seu benefício”.

“O Governo Regional está pronto e disponível para analisar em parceria com os municípios, naquela que é a sua responsabilidade de abastecimento de água, na perspetiva da sua captação e responsabilização, em procurar uma solução que possa servir melhor as populações”, declarou o líder do executivo açoriano.

O presidente do executivo regional revelou também, por outro lado, que o seu governo, em 2018, já monitorizou mais de 620 quilómetros de ribeiras na perspetiva de avaliação de eventuais perigos que possam oferecer para as pessoas e seus bens, o que equivale à distância entre as ilhas de Santa Maria e Corvo, nos dois extremos do arquipélago.

Também 180 bacias hidrográficas foram avaliadas na perspetiva do risco que possam eventualmente oferecer, segundo Vasco Cordeiro, que adiantou que, na sequência de uma série de medidas desenvolvidas pelo executivo - como a bacia de retenção que visitou hoje no Nordeste - pela primeira vez desde que existe o relatório sobre o estado das ribeiras nos Açores (2012), em 2017 e 2018 ocorreram “menos situações”.


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