Autor: Lusa/AO online
A resolução hoje publicada em Diário da República, que foi aprovada na última reunião do Conselho de Ministros, na passada quinta-feira, entra em vigor na próxima quinta-feira, e tem como uma das metas conseguir 80 milhões de dormidas, traduzindo um aumento de 31 milhões dormidas entre este ano e 2027, com uma taxa de variação média anual de 4,2%.
Em termos de receitas turísticas, o objetivo é crescer 14 mil milhões de euros até 2027, pretendendo ainda o Governo aumentar as qualificações dos trabalhadores na atividade turística, duplicando (de 30% para 60%) o nível de habilitações do ensino secundário e pós-secundário no turismo.
Para ter turismo durante todo o ano, e reduzir o índice de sazonalidade de 37,5% para 33,5%, está previsto alargar a todo o país o projeto piloto ‘Cycling and Walking’ da região do Algarve, além de investir nos Caminhos de Fátima, Caminhos de Santiago e na rede de turismo militar.
A revitalização e dinamização económica de aldeias e centros rurais com vocação turística está também prevista na estratégia, que aposta nas redes temáticas e nos recursos endógenos dos territórios, como as Aldeias de Xisto, as Aldeias Históricas e as Aldeias Vinhateiras.
Estão ainda previstas ações de valorização turística e de promoção dos lagos e águas interiores, rios, albufeiras, nascentes e águas/estâncias termais.
Disponibilizar rede wi-fi gratuita nos centros históricos, por forma a melhorar a experiência de usufruto do património nacional, é outra das apostas, definindo o Governo como mercados estratégicos a Espanha, Alemanha, Reino Unido, França, Brasil, Holanda, Irlanda, Escandinávia.
Na lista de “mercados de aposta” da estratégia contam os Estados Unidos da América, China e Índia, enquanto são classificados como “mercados de crescimento” a Itália, Bélgica, Suíça, Áustria, Polónia, Rússia, Canadá.
Por último, o Governo define ainda sete “mercados de atuação seletiva”: Japão, Austrália, Singapura, Coreia do Sul, Índia, Israel e países da Península Arábica.
“Apesar dos bons resultados, importa garantir que o turismo se afirme cada vez mais como uma atividade sustentável ao longo do ano e ao longo do território, que valorize os recursos naturais de que Portugal dispõe e que contribua para a criação de emprego e de riqueza e para a promoção da coesão territorial e social”, explica o executivo no diploma.
A estratégia hoje publicada visa, segundo o Governo, proporcionar um quadro referencial estratégico a 10 anos para o turismo nacional, assegurar a estabilidade e a assunção de compromissos quanto às opções estratégicas para o turismo nacional, promover uma integração das políticas setoriais, gerar uma contínua articulação entre os vários agentes e agir com sentido estratégico no presente e no curto/médio prazo.