Autor: Lusa/AO Online
O navio da Marinha portuguesa, que vai integrar a força naval constituída por dois navios norte-americanos e um italiano, atravessou terça-feira, dia 3, o Canal do Suez.
A cerimónia de transferência de responsabilidades no comando da "Ocean Shield" está marcada para segunda-feira.
O contra-almirante José Pereira da Cunha, que chefiará as operações da NATO entre 09 de Novembro e 25 de Janeiro, explicou terça-feira à Lusa que esta nova missão tentará complementar as acções militares com o envolvimento da comunidade marítima e dos países da área na prevenção e combate à pirataria.
Na sua perspectiva, a missão "Ocean Shield" tem por objectivos fundamentais "o conhecimento da situação marítima na área, e a continuação da construção desse conhecimento para operações futuras, bem como deter a capacidade de manobra dos clãs piratas, não só no Golfo de Áden, mas também na bacia da Somália".
Esta vasta área ao largo da costa leste somaliana, que se estende do Corno de África até às Seichelles, é uma das zonas do planeta com maior tráfego marítimo e onde se têm verificado numerosos ataques de piratas a cargueiros e petroleiros.
A fragata Álvares Cabral, que integra a ‘Standing NATO Maritime Group 1 (SNMG1) como seu navio chefe, “terminou a sua participação na Operação “Active Endeavour” (no Mediterrâneo) a 26 de Outubro.
A SNMG1 - comandada por Portugal até Janeiro de 2010 - esteve na costa da Somália durante o primeiro semestre deste ano, tendo passado os últimos meses em operações no mar Mediterrâneo.
A par da missão de combate à pirataria da NATO, junto à costa somali decorre há vários meses a Operação “Atalanta”, da União Europeia, e também a missão de uma força naval multinacional, constituída por países como o Japão e a Índia.
A “Álvares Cabral” e a “Côrte-Real” foram as duas fragatas da Marinha Portuguesa que já estiveram a liderar a força da Aliança Atlântica no combate à pirataria naquela zona do Índico.