Autor: Lusa/AO Online
“A Fenprof ao longo de todo este processo manteve sempre a sua disponibilidade para negociar, demonstrando vontade de chegar a um acordo com a CNEF, porém, a associação patronal não respondeu da mesma forma”, diz a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) em comunicado.
Em causa estão as negociações entre a federação sindical e a CNEF, iniciadas em 2017 e em curso até agora, para o novo Contrato Coletivo de Trabalho para os professores dos Ensinos Particular e Cooperativo, Ensino Artístico e Especializado e Ensino Profissional.
Segundo a federação, os patrões continuam a insistir nas condições previstas na proposta original, apresentada no início do processo negocial e que os docentes consideraram “violadoras dos seus direitos e das suas condições de trabalho”, nomeadamente no que respeita aos salários, horários e carreira.
“Para a Fenprof não há docentes de primeira e de segunda categoria, pelo que não é admissível tal discriminação”, lê-se no comunicado, em que o sindicato alerta também para a possibilidade de a falta de professores chegar às escolas privadas, caso não se verifique uma melhoria das condições de trabalho dos docentes.
Os professores afirmam que a CNEF não se tem mostrado disponível para chegar a um entendimento e, por isso, já não há “condições para prosseguir” com as negociações diretas. O processo de conciliação pedido pela Fenprof será mediado pelo Ministério do Trabalho, da Segurança Social e da Solidariedade.