Guerra Colonial

Ex-combatentes escritores participam em ciclo de conferências

A guerra colonial estará em debate num ciclo de oito conferências a realizar entre Setembro e Novembro na Biblioteca-Museu República e Resistência e no qual participarão antigos combatentes que sobre o conflito nas ex-colónias portuguesas escreveram.


As conferências realizam-se à quinta-feira, sempre às 19:00 locais, a partir do dia 25 de Setembro, prolongando-se até 20 de Novembro.

    "Organizamos exposições e ciclos diversos, de ordem histórica, e a guerra colonial surge, naturalmente, como um tema. A nossa ideia é manter viva a chama da História", disse à Lusa Júlia Pires, da direcção da Biblioteca-Museu.

    O ciclo abre com Nuno Roque da Silveira e prossegue com António Graça de Abreu (2 de Outubro), António Brito (9 de Outubro), Leonel Pedro Cabrita (18 de Outubro), Mário Beja Santos (23 de Outubro), Cristóvão de Aguiar (30 de Outubro), João Gualberto Estrela (dia 13 de Novembro) e António Bracinha Vieira (dia 20 de Novembro).

    "Nós, portugueses, cuidamos menos de reavivar a memória da guerra do que os norte-americanos [em relação ao Vietname]", observou a responsável, reconhecendo embora estar a registar-se um crescendo de interesse dos editores pela publicação de obras sobre o conflito.

    Os escritores ex-combatentes participantes no ciclo são autores de "Um outro lado da guerra" (Nuno Roque da Silveira), "Diário da Guiné. Lama, sangue e água pura" (António Graça de Abreu), "Olhos de caçador" (António Brito), "Capitães de vento" (Leonel Pedro Cabrita), "Diário da Guiné, 1968-69. Na terra dos Soncó" (Mário Beja Santos), "Braço tatuado-Retalhos da guerra colonial" (Cristóvão de Aguiar), "Perigo e fascínio em África, Angola 1962-64" (João Gualberto Estrela) e "Fim de Império" (António Bracinha Vieira)

    A guerra colonial travou-se em três frentes - Angola, Moçambique e Guiné-Bissau - e fez cerca de 10.000 mortos nas fileiras portuguesas.
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