Autor: Lusa/AO Online
Depois de meses de negociações, o hemiciclo de Estrasburgo irá confirmar o compromisso alcançado entre representantes do Parlamento e do Conselho (Estados-membros) em torno de um orçamento retificativo de seis mil milhões de euros para 2012, e do orçamento da UE para 2013, de 132,8 mil milhões de euros em pagamentos e 150,9 mil milhões em autorizações.
Para cada linha orçamental do orçamento comunitário há dois tipos de dotações: autorizações e pagamentos.
As primeiras referem-se a quanto a União Europeia pode comprometer-se a gastar (por exemplo, assinar um contrato ou iniciar um procedimento de concurso) num determinado ano, enquanto os níveis de pagamento regulamentam os pagamentos reais feitos naquele ano.
O orçamento de 2013 é o último do atual quadro financeiro, não tendo os 27 chegado ainda a um acordo sobre o próximo orçamento plurianual para o período 2014-2020, tendo a cimeira extraordinária celebrada a 22 e 23 de novembro passado para tentar um compromisso terminado sem êxito.
Ainda no domínio de assuntos económicos e financeiros, o hemiciclo deverá dar a sua “luz verde” à cooperação reforçada para os Estados-membros interessados poderem criar um imposto sobre as transações financeiras a nível da UE.
Além de Portugal, já se mostraram dispostos a avançar neste domínio Alemanha, França, Áustria, Bélgica, Eslovénia, Estónia, Grécia, Itália, Espanha e Eslováquia.
Os votos terão lugar ao final da manhã, depois de um debate no hemiciclo com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, sobre a agenda da próxima cimeira de chefes de Estado e de Governo da UE, que se celebra na quinta e na sexta-feira, em Bruxelas, e que será dedicada a um “roteiro” para o reforço da União Económica e Monetária.