Autor: Lusa/AO Online
Ouvido na comissão parlamentar de inquérito ao incêndio do HDES, que decorre na Assembleia Regional, o responsável pelo LREC disse “não ter fundamento” as acusações de que a unidade de saúde corre o risco de ruir.
“Nas condições que está atualmente ao nível estrutural, julgamos que não, que não existem [obstáculos à reabertura total do HDES]”, afirmou Francisco Fernandes.
Durante a audição, o responsável adiantou que o LREC foi contactado pela primeira vez pelo conselho de administração do hospital a 6 de maio de 2024, dois dias após o incêndio, um contacto “célere”, admitiu.
O laboratório realizou inspeções à zona afetada pelo incêndio e concluiu que com uma “intervenção mínima” o espaço poderia ser reaberto.
“Em 2024 não haveria razões para que aquela zona do bloco C4 não estivesse a funcionar após a execução de intervenções mínimas, devidamente validadas por um projeto e um gabinete de especialidade”, reforçou.
O diretor do laboratório confirmou ainda que o incêndio “não teve consequências para agravar patologias” identificadas em outras inspeções do LREC realizadas em 2021 e 2022, que detetaram problemas de fissuras em paredes do HDES.
“O incêndio foi localizado numa zona de edifício que não está isolada, está ligada ao resto do edifico, mas que não afeta ou não transmite uma consequência para um tipo de patologia como esse [as fissuras]”, explicou.
Francisco Ferreira realçou que a única zona afetada em “termos estruturais” foi a área não médica onde deflagrou o incêndio.
Além da inspeção visual e dos ensaios, foi realizado um “modelo” a partir das “condições de resistência” que confirmou que não existem riscos de colapso no edifício do HDES.
“A conclusão dos ensaios permitiram verificar que o edifício tinha condições e não tinha risco de ruir”, assegurou.
O responsável adiantou também que o LREC não foi consultado a propósito da construção do hospital modular.
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