Açoriano Oriental
Covid-19
Estado de emergência é “sinal político”, mas não “solução milagrosa”

O Presidente da República considerou esta quarta-feira que a declaração do estado de emergência em Portugal é um “sinal político forte de unidade” na “guerra” contra os efeitos da pandemia da Covid-19, mas não uma “solução milagrosa”.

Estado de emergência é “sinal político”, mas não “solução milagrosa”

Autor: Lusa/AO Online

Numa comunicação ao país a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, no dia em que decretou o estado de emergência, Marcelo Rebelo de Sousa justificou a decisão, que admitiu "dividir os portugueses", como um "sinal político forte de unidade do poder político" e que previne "situações antes de poderem ocorrer".

"Não é, porém, uma vacina nem uma solução milagrosa que dispense o nosso combate diário" que passa pelo "apoio reforçado" ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou pela responsabilidade de todos continuarem a "tentar limitar o contágio" da doença que já fez dois mortos em Portugal.

Para o Chefe do Estado, este é "também um sinal democrático", "pela convergência dos vários poderes do Estado" e "porque é a democracia a usar os meios excecionais que ela própria prevê para tempos de gravidade excecional".

"Não é uma interrupção da democracia. É a democracia a tentar impedir uma interrupção irreparável na vida das pessoas", afirmou, numa resposta aos alertas quanto a possíveis riscos da declaração do estado de emergência.

"Não é, porém, uma vacina, nem uma solução milagrosa, que dispense o nosso combate diário, o apoio reforçado ao Serviço Nacional de Saúde, a capacidade de pessoas e as famílias continuarem a tentar limitar o contágio, para que os números a crescer cresçam menos do que os piores cenários e para que o tratamento possa ser, cada vez mais, em casa. Tudo mais cedo do que mais tarde", concluiu.

Esta é a primeira vez que o estado de emergência é decretado em democracia em Portugal.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou quarta-feira o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.

 


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