Açoriano Oriental
Euro2008
Espanha sagra-se campeã da Europa de futebol
A Espanha sagrou-se, pela segunda vez na sua história, campeã da Europa de futebol, ao vencer na final do Euro2008, disputada em Viena, a Alemanha, por 1-0, golo de Fernando Torres aos 33 minutos
Espanha sagra-se campeã da Europa de futebol

Autor: Lusa/AO online

Uma vitória sem contestação deu hoje à Espanha o seu segundo título Europeu de futebol da sua história, às custas da Alemanha (1-0), que falhou o quarto título continental, na sexta final.
Um golo solitário de Fernando Torres, aos 33 minutos, permitiu à formação espanhola sagrar-se campeã Europeia, em Viena, e erguer o ceptro 44 anos depois da final de 1964, ganha à União Soviética (2-1), em Madrid.
Depois de vencer o Grupo D na primeira fase, eliminar a Itália, campeã do Mundo, nos quartos-de-final, e a Rússia, nas meias-finais, a Espanha impôs-se à pragmática Alemanha, numa partida em que foi sempre superior e que poderia ter ganho por mais golos, não fosse a menor eficácia dos seus jogadores e as defesas do guarda-redes alemão Jens Lehmann.
A Alemanha, “carrasca” de Portugal nos quartos-de-final, entrou com o “onze~” tipo, com o seleccionador Joachim Low a colocar Lehmann na baliza, Friedrich, Metersacker, Metzelder e Lahm na defesa, Frings, Hitzlsperger e Ballack no meio-campo e Schweinsteiger e Podolski no apoio ao ponta-de-lança Klose.
Na equipa de Espanha, o seleccionador Luís Aragones teve de trocar o melhor marcador da prova, Villa (lesionado), por Fabregas, que alinhou no meio-campo com Xavi, Iniesta e o “trinco” Marcos Senna, à frente da defesa composta por Sérgio Ramos, Marchena, Puyol e Capdevilla, enquanto o ataque foi entregue a Fernando Torres.
Habituada a controlar o jogo e a posse de bola, a Espanha sentiu dificuldades para o fazer nos primeiros minutos, devido à forte pressão alemã.
Aos quatro minutos, a pressão germânica forçou um mau passe de Sérgio Ramos para Puyol, Klose interceptou a bola, mas valeu à Espanha o avançado alemão ter adiantado demasiado a bola, que se perdeu pela linha de fundo.
A Espanha só conseguiu sacudir a pressão e colocar o seu habitual jogo em prática aos 15 minutos, na sua primeira chegada à baliza alemã, quando Xavi abriu na esquerda em Iniesta e o cruzamento deste foi cortado por um defesa alemão na direcção da baliza, obrigando Lehmann a defender para canto.
O lance tranquilizou a formação espanhola, que começou a ter mais a posse de bola, e, aos 23 minutos, dispôs da primeira grande oportunidade de golo, quando Torres saltou mais alto que Mertesacker e cabeceou ao poste da baliza de Lehmann, após um centro bem medido de Sérgio Ramos da direita.
O golo acabou por chegar aos 33 minutos, por Fernando Torres, que aproveitou da melhor forma uma excelente abertura de Xavi para, saindo no limite do fora-de-jogo, ganhar a bola a um displicente Lahm e, à saída de Lehmann, picar a bola sobre o corpo do guarda-redes.
Dois minutos depois, um contra-ataque espanhol terminou com Iniesta a encontrar Silva isolado do outro lado da área, mas o médio espanhol encaixou mal o remate e a bola saiu muito por cima.
A Alemanha tentava, como foi habitual neste Europeu, causar perigo em lances de bola parada e lançamentos para a área, mas as suas tentativas ou eram cortadas pelos defensores espanhóis ou pelo guarda-redes Casillas, sempre muito atento.
O jogo chegou ao intervalo com a Espanha a vencer por 1-0 e, no arranque do segundo tempo, Low trocou Lahm (marcado pelo golo de Torres) por Jansen e a Alemanha procurou assumir mais o jogo, mas, aos 54 minutos, foi de novo a Espanha, por Silva, a criar perigo, num remate de ressaca após um canto que passou perto da baliza de Lehmann.
Low voltou a mexer na equipa, colocando o avançado Kuranyi (58 minutos) em campo para jogar ao lado de Klose, por troca com Hitzlsperger, e, dois minutos depois, um cruzamento da esquerda foi amortecido por Schweinsteiger para a entrada da área, onde surgiu Ballack a atirar muito perto do poste, no período de maior assédio alemão.
Os dois avançados causaram alguma destabilização na defesa espanhola e os alemães começaram a aproximar-se da área rival, obrigando Aragones a colocar Xabi Alonso (63 minutos), jogador mais defensivo, no lugar de Cesc Fabregas, e pouco depois Santi Carzola (66) no posto de Silva.
Aos 67 minutos, a Espanha voltou a estar perto do golo, num livre cobrado por Xavi, que Sérgio Ramos cabeceou para uma grande defesa de Lehmann para canto, e na sequência deste Iniesta rematou forte, valendo à Alemanha Frings, encostado ao poste e sobre a linha de golo, a tirar a bola. O jogador do FC Barcelona ainda rematou de novo, dentro da área, mas o guarda-redes alemão voltou a defender.
Uma grande jogada da Espanha, aos 82 minutos, quase dava o golo da tranquilidade, mas Marcos Senna falhou a emenda à boca da baliza, depois de uma assistência de Guiza de cabeça, após um cruzamento de Xavi da direita.
Até final tudo se manteve na mesma e a Espanha conseguiu segurar a vantagem, sagrando-se campeão da Europa pela segunda vez na sua história e após 44 penosos anos de seca.

PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados