Açoriano Oriental
Enfermeiros da Madeira vão ter carreiras descongeladas até 2021

Os enfermeiros da Região Autónoma da Madeira (RAM) vão ter as carreiras descongeladas num processo faseado que começa este ano e acaba em 2021 e que custará quatro milhões de euros, disse o secretário regional da Saúde.

Enfermeiros da Madeira vão ter carreiras descongeladas até 2021

Autor: Lusa/AO Online

A decisão é para "todos os enfermeiros" da RAM, anunciou Pedro Ramos à margem da cerimónia de tomada de posse da secção regional da Ordem dos Farmacêuticos, na terça-feira, frisando que a medida abrange inclusive aqueles que recentemente tenham tido melhorias no rendimento do trabalho.

O acordo com os sindicatos na região foi alcançado na segunda-feira, com o secretário Regional da Saúde, Pedro Ramos, a explicar que se a medida não fosse para todos os profissionais, ficariam de fora 900 enfermeiros.

"Achámos que isso era uma injustiça tremenda e por isso é que este acordo é feito com todos os enfermeiros da RAM independentemente da sua situação laboral, neste momento", disse.

Em termos orçamentais a região prevê gastar quatro milhões de euros que "depois será atribuído e, distribuído, de uma forma faseada entre 2019 e 2021", esclareceu.

A agência Lusa tentou o contacto com o Sindicato dos Enfermeiros da Madeira, a estrutura com o maior número de enfermeiros associados na região, mas até ao momento não foi possível o contacto.

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) apresentou um pré-aviso de greve total para entre os dias 02 e 30 de abril, em Portugal continental e nos Açores e Madeira.

O Sindepor exige a continuidade das rondas negociais respeitantes ao diploma legal da carreira especial de enfermagem, a revisão/reestruturação da carreira, que o diploma legal seja aplicado a todas as instituições do setor público e “a todos os enfermeiros que nelas exercem, independentemente da tipologia do contrato”.

Além da revisão da carreira especial de enfermagem, o Sindepor defende a “justa e correta contagem dos pontos para efeito de descongelamento das progressões, a todos os enfermeiros, independentemente do vínculo”, a “correta aplicação da legislação e pagamento do suplemento remuneratório a todos os enfermeiros especialistas em funções e a admissão de mais profissionais.

Esta é a terceira greve dos enfermeiros decretada nos últimos quatro meses: a primeira abrangeu os enfermeiros em blocos operatórios e decorreu entre 22 de novembro e 31 de dezembro de 2018 e a segunda teve igualmente enfoque nos blocos operatórios e decorreu entre 31 de janeiro e 28 de fevereiro.


PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados