Entrevistado por causa da recente decisão da Ryanair em terminar as operações de e para a Região no próximo mês de março, Gualter Couto partilhou a informação recebida pela gestora de quatro das nove infraestruturas aeroportuárias da região (Ponta Delgada, Santa Maria, Horta e Flores).
“O que é que é feito da Easyjet? Éque nós, na Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada, já nos reunimos com a ANA, e a ANA garantiu-nos que a Easyjet tinha interesse em voar para os Açores, mas estava com dificuldades junto do nosso governo, porque [este] obriga a também ir para outras ilhas que não aquelas que ela deseja. Até que ponto é que nós vamos continuar a prejudicar Ponta Delgada, ou seja, os Açores no seu total, com esse tipo de negociata, que não nos leva a lado nenhum”, afirma o líder da CCIPD, acrescentando ainda que os turistas não viajam “por decreto”.
De recordar que na quinta-feira, no dia do anúncio da Ryanair, fonte da Easyjet afirmou à agência LUSAque “monitoriza continuadamente as oportunidade de mercado e os desenvolvimentos no ambiente operacional de todas a regiões onde opera ou possa vir a operar”, mas que “neste momento, não tem planos para um regresso aos Açores a curto ou médio prazo”.
Na mesma declaração, a companhia aérea low-cost afirmou que as suas decisões estratégicas “são tomada com base numa análise rigorosa das condições de mercado, viabilidade económica e alinhamento com a estratégia global e não em função de movimentos de outras companhias aéreas”.
A Easyjet, a primeira a operar nos Açores após a liberalização do espaço aéreo, em 2015, terminou as suas ligações com o aeroporto de Ponta Delgada em 2017.
