Esta é a segunda vez que os Da Weasel recebem este prémio, depois de terem sido distinguidos em 2004 em Roma, superando agora os Blasted Mechanism, Buraka Som Sistema, Fonzie e Sam The Kid, que estavam também nomeados.
Os Da Weasel deslocaram-se à capital da Baviera para receber este prémio, numa pausa da sessão de ensaios para o concerto que fecha a digressão deste ano, no próximo dia 10 no Pavilhão Atlântico, em Lisboa.
Três anos depois de terem sido distinguidos pela MTV, a banda diz hoje que este prémio "continua a ser importante, porque vem de alguma forma demonstrar que em 2004 não foi uma coisa ocasional", afirmou o baixista do grupo, João Nobre (Jay Jay) à agência Lusa.
Este é um prémio dedicado ao público, adultos e adolescentes, que tem acompanhado a carreira dos Da Weasel desde que se formaram em Almada em 1993, sublinhou o músico.
Em três anos, João Nobre destaca o amadurecimento artístico da banda, assim como a intensa e "extensíssima" digressão assente no penúltimo álbum "Re-Definições".
Comparando as duas vezes em que receberam este prémio, o baixista recorda o nervosismo da banda em 2004, pelo aparato mediático em torno deste evento da MTV.
"Fomos bombardeados com centenas de jornalistas, estivemos perto dos músicos que nós gostávamos e na altura não sabíamos como responder à pressão mediática", sublinhou o músico.
Agora, com o segundo prémio da MTV na mão, os Da Weasel só estão preocupados com o concerto no Pavilhão Atlântico, que terá a maior produção de sempre da banda.
"Deixámos de aceitar concertos desde meados de Setembro e só pensamos neste", referiu João Nobre.
O concerto terá mais de duas horas de duração, ao longo das quais os Da Weasel irão interpretar 40 temas de todo o seu repertório, 15 dos quais escolhidos pelos fãs, numa votação que decorreu na Internet.
O concerto contará com a participação de vários convidados, entre os quais uma orquestra sob a batuta de Rui Massena, os Gato Fedorento e o pianista Bernardo Sassetti, que participaram no último álbum, “Amor, escárnio e mal-dizer”, editado este ano.
Manel Cruz, ex-Ornatos Violeta e que entrou no álbum “Re-Definições”, também marcará presença neste concerto, que será gravado para posterior edição em DVD.
No Pavilhão Atlântico são esperadas entre 12 a 16 mil pessoas.
Os Da Weasel foram uma das primeiras bandas em Portugal a gravar um álbum de hip hop, mas ao longo de 14 anos evoluíram para uma sonoridade mais abrangente, que chega ao rock, à pop, ao reggae e ao metal.
No álbum “Amor, escárnio e mal-dizer”, que está a caminho da dupla platina, com 35 mil cópias vendidas, os Da Weasel acrescentaram arranjos orquestrais, com a colaboração do maestro Rui Massena e da Orquestra Sinfónica de Praga, com quem gravaram na República Checa.
Actualmente os Da Weasel são Pacman (Carlos Nobre), Jay Jay (João Nobre), Quaresma, Virgul, Guilherme e DJ Glue.