Açoriano Oriental
Sociedade
Crianças mordidas por pit bull já tiveram alta
Cinco crianças foram assistidas segunda-feira nos hospitais de Vila Real e Lamego depois de terem sido mordidas por um cão Pit Bull numa quinta de Tarouca, recebendo alta pouco depois, disseram à Agência Lusa fontes hospitalares.

Autor: Lusa/AO online
Carlos Vaz, administrador do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (Vila Real), afirmou à Agência Lusa terem dado entrada ao final do dia nas urgências dois meninos de 14 anos, "que tiveram alta passado pouco tempo, porque não se tratava de nada muito grave e tinham as vacinas em dia".

    "Um menino estava mordido na mão e o outro tinha muitas mordidelas na perna esquerda", contou, explicando que apenas o último teve de ser suturado.

    No hospital de Lamego, que integra o centro hospitalar de Vila Real, deram entrada "três meninas, com ferimentos ligeiros", segundo Regina Bento, vogal executiva do conselho de administração.

    "Entraram às 19:20, com ferimentos na perna esquerda, na anca direita e num dedo da mão esquerda. As feridas foram desinfectadas, colocados pensos e foi-lhes dada alta para o domicílio às 20:40", explicou, acrescentando que também "tinham as vacinas em dia".

    O número de crianças atacadas pelo Pit Bull apontado pelos responsáveis hospitalares não coincide com o avançado pelos bombeiros e pela GNR, que falam em quatro crianças, três meninas e um menino.

    O comandante dos Bombeiros Voluntários de Tarouca, Vasco Lima, contou à Lusa que o grupo de crianças estava numa quinta a festejar o aniversário de uma delas, quando entrou o cão.

    "As crianças terão tentado fazer festas ao cão e nessa altura ele mordeu um menino. As meninas começaram a gritar e o cão atacou três delas e depois voltou a ir ao miúdo, que foi o que ficou mais ferido", contou.

    O comandante do destacamento de Lamego da GNR, tenente Pedro Reis, disse também que foram quatro crianças atacadas, com idades entre os 10 e os 14 anos.

    Segundo Pedro Reis, o Pit Bull Terrier, com cerca de quatro anos de idade, foi trazido de França por um emigrante de 25 anos que estava a passar férias em Tarouca e "estaria fechado na garagem mas conseguiu fugir e saltou para a quinta, propriedade privada".

    O animal, pertencente à classe de cães potencialmente perigosos e que foi recolhido ainda na segunda-feira para o canil municipal, "está licenciado e tem chip", estando o veterinário a "certificar o seu estado sanitário".

    "Está a analisar-se se já tinha provocado algum ataque para depois cadastrar na base de dados de França", explicou, afirmando que ainda não foi decidido "se é ou não para abater".

    Ao dono serão levantados autos de contra-ordenação, "porque o cão não estava devidamente preso, nem açaimado", acrescentou.
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