Açoriano Oriental
Crescimento deve traduzir-se em alívio para famílias e empresas
O presidente do Governo dos Açores espera que as previsões de crescimento económico e redução do desemprego hoje divulgadas pelo executivo da República se confirmem e se traduzam num alívio da "carga" a que famílias e empresas estão sujeitas.
Crescimento deve traduzir-se em alívio para famílias e empresas

Autor: Lusa/AO Online

Para Vasco Cordeiro, “obviamente que boas notícias para o país são boas notícias para os Açores” e a confirmarem-se as previsões agora divulgadas, será “sobretudo bom” para que se “alivie” o “fardo” que neste momento “ainda pesa muito” sobre as famílias e empresas.

“É absolutamente essencial que estes indicadores não sejam indicadores apenas para constatação. Eles têm que se traduzir, uma vez confirmados, no aliviar da pressão e carga que está a ser exercida sobre as famílias e empresas”, frisou.

Vasco Cordeiro falava aos jornalistas, em Ponta Delgada, no final de uma audiência de cumprimentos concedida à embaixadora da África de Sul, Keitumetse Matthews, que esteve de visita oficial aos Açores.

O Governo e a 'troika' reviram em alta a previsão de crescimento para o próximo ano, de 0,6% para 0,8% do Produto Interno Bruto, na sequência da 8ª e 9ª avaliações do Programa de Assistência Económica e Financeira.

As previsões para o desemprego serão também melhores, apesar de o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, não ter detalhado o cenário macroeconómico, dizendo apenas que o aumento do desemprego não será tão elevado como esperado na última revisão (18,2% este ano e 18,5% no próximo ano).

Em relação à visita da embaixadora da África do Sul, Vasco Cordeiro afirmou que o Governo dos Açores está “profundamente empenhado” no estabelecimento de relações de cooperação com Estados ou entidades subnacionais, como é o caso das províncias sul-africanas.

“Neste caso concreto, confirma-se o que tenho referido várias vezes: os Açores têm para explorar muito daquilo que tem a ver com o seu saber fazer, com a sua experiência, com áreas tradicionais e que sofreram uma evolução muito significativa nos últimos anos”, declarou.

Para o chefe do executivo açoriano, há agora a possibilidade de “transformar” e "aproveitar” este “saber fazer” para “criar relações de parceria” com outras entidades e “transformá-las em fator de exportação de conhecimentos e técnicas”, sobretudo na área da agricultura, que foi referida pela embaixadora.

Na leitura do presidente do Governo dos Açores, estas áreas podem ajudar a região a “afirmar-se” no panorama supra-regional e das relações externas.

A embaixadora Keitumetse Matthews, por seu turno, considerou que a África do Sul e os Açores “podem trabalhar juntos”, sobretudo porque existe uma larga comunidade portuguesa no país (cerca de 600 mil pessoas), que também possui governos regionais nas suas nove províncias.

“Uma das principais áreas em que podemos colaborar é na agricultura porque os Açores têm experiência e jovens agricultores a emergir no setor, tal como nós, mas estes estiveram privados no passado das suas terras e a agora estão a reavê-las, volvidos 100 anos”, referiu.

Para Keitumetse Matutes, os Açores são “perfeitos” para ajudar estes jovens sul-africanos que agora estão a receber as suas terras de volta, ajudando a “construir bons agricultores”.

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