Autor: Lusa/AO online
"Propomos uma meta que permita criar uma sociedade moderadamente próspera até 2020, o que exige um crescimento médio anual de pelo menos 6,5% ao longo dos próximos cinco anos", afirmou Li, citado pela imprensa estatal.
A liderança chinesa está a encetar uma transição no modelo de crescimento do país, visando maior ênfase no consumo doméstico, em detrimento das exportações e investimento, que asseguraram três décadas de trepidante, mas "insustentável", crescimento económico.
Na semana passada, o Comité Central do Partido Comunista Chinês, a cúpula do poder na China, definiu um "crescimento económico médio alto" como a meta para os próximos cinco anos e a partir de 2016.
O mesmo documento aponta como objetivo dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) e o PIB ‘per capita' de ambos os residentes urbanos e rurais até 2020, face a 2010.
As decisões foram anunciadas após uma reunião de quatro dias à porta fechada, que serviu também para vaticinar o fim da política "um casal, um filho", abolindo um rígido controlo da natalidade que durava desde 1980.
Em 2014, a economia chinesa cresceu 7,4%, o nível mais baixo das últimas duas décadas, enquanto no terceiro trimestre deste ano avançou 6,9%, o ritmo mais baixo desde o pico da crise financeira internacional, em 2009.
Desde o início do século XXI, e até 2011, a economia chinesa cresceu sempre acima dos 8% ao ano e em 2007 atingiu os 13%.
Segunda maior economia do mundo, logo a seguir aos Estados Unidos, a China tem sido o motor da recuperação global nos últimos anos.