Açoriano Oriental
Chega/Açores quer combate à corrupção ensinado nas escolas

O líder do Chega/Açores defendeu que o combate à corrupção deve ser ensinado nas aulas de educação cívica nas escolas da região, com a colaboração do Gabinete de Prevenção da Corrupção e da Transparência dos Açores.

Chega/Açores quer combate à corrupção ensinado nas escolas

Autor: Lusa/AO Online

“Isto resolve-se, tendo boa formação cívica. Em vez de andarem preocupados com os LGBTs [Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgênero] e com as bandeiras ‘multicolour’, comecem nas escolas a falar de corrupção e de boas práticas. Isto é que se deve falar nas escolas”, adiantou, em declarações à Lusa, o líder do Chega/Açores e deputado regional, José Pacheco, no final de uma visita de três dias à ilha Terceira.

O deputado do Chega, que visitou hoje as futuras instalações do Gabinete de Prevenção da Corrupção e da Transparência dos Açores, salientou que há uma diferença entre “legalidade” e “moralidade”, alegando que o facto de algo ser legal não invalida que possa ser “imoral” ou representar “falta de ética”.

Questionado sobre como se garante o cumprimento da moralidade e da ética, José Pacheco disse que é preciso apostar na prevenção.

“Em vez de os professores, mal formados, andarem a mostrar os filmezinhos do não sei quê, comecem a falar daquilo que é importante. Chamem o gabinete anticorrupção para ir à escola falar das coisas, porque as crianças, se forem bem educadas, não só se vão educar a si próprias no futuro, como adultos, como vão educar os pais”, afirmou.

O deputado único do Chega nos Açores considerou que o gabinete deve apostar mais na prevenção, alegando que é a sua “melhor arma”.

“A legislação não nos permite fazer muito mais do que isto, ou seja, tudo o que for aqui apurado é encaminhado aos tribunais, mas os prazos podem prescrever e o trabalho deles não serviu para nada”, frisou.

José Pacheco admitiu que as futuras instalações do Gabinete de Prevenção da Corrupção e da Transparência são “muito melhores” do que as atuais, mas defendeu um reforço de meios humanos, para dar resposta à dispersão geográfica do arquipélago.

“É preciso um reforço, é sempre preciso um reforço de meios. As instalações já começámos, ótimo. Era uma vergonha aquilo da maneira que estava. Neste momento, penso que temos aqui a umas instalações simpáticas para trabalhar e que dão alguma privacidade”, apontou.

Criado em 2020, o Gabinete de Prevenção da Corrupção e da Transparência dos Açores, com sede na ilha Terceira, conta atualmente com 12 inspetores e abriu um processo de recrutamento de mais dois.


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