Açoriano Oriental
Câmara e empresários no Faial contra centralização do transporte marítimo de mercadorias

O presidente da Câmara Municipal da Horta, no Faial, reiterou hoje que a possibilidade de criar plataformas logísticas centralizadas em algumas ilhas dos Açores, ao nível do transporte marítimo de mercadorias, "não reforça a coesão regional".

Câmara e empresários no Faial contra centralização do transporte marítimo de mercadorias

Autor: Lusa/AO Online

A posição do presidente da Câmara, José Leonardo Silva, foi reiterada numa reunião com agentes de navegação na ilha do Faial.

Numa nota enviada à agência Lusa, a autarquia refere que a reunião, que contou também com a presença da Câmara de Comércio e Indústria da Horta, teve por objetivo "analisar o atual modelo, numa altura em que está em discussão a proposta de criação de um estudo àquele setor, apresentado pelos partidos que suportam o Governo [PSD/CDS-PP/PPM], na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores".

"A criação de plataformas logísticas centralizadas em algumas ilhas dos Açores, ao nível do transporte marítimo de mercadorias, não reforça a coesão regional e representa um retrocesso de décadas nas importações e exportações de e para a região", é indicado na nota.

Esta posição, é acrescentado, foi também defendida na reunião por armadores e agências de navegação, na ilha do Faial, ao presidente da Câmara Municipal da Horta.

“Esta questão de que agora se fala de criar plataformas logísticas não reforça a coesão regional, nem tão pouco poderemos querer desenvolver umas ilhas à custa de outras”, sublinha José Leonardo Silva, citado no comunicado.

Para o autarca, a alteração ao atual modelo, só poderá representar “um passo atrás no transporte de mercadorias nos Açores”.

Ainda segundo José Leonardo Silva, na reunião houve “uma unanimidade de posições”, que se resumem à conclusão de que até existe “bom sistema” que, “com o passar dos anos, pode e deve sempre ser melhorado, sobretudo ao nível das exportações”.

Segundo o autarca, quem opera no setor assegura que o atual sistema permite que a mercadoria chegue “a todas as ilhas ao mesmo preço, com uma tabela comum, em condições de segurança e com uma periodicidade semanal, em toda a região”.

“Não estamos contra a criação de um estudo, desde que os seus pressupostos sejam efetivamente os de perceber as dificuldades do setor no sentido de os melhorar, mas somos terminantemente contra alterações que sirvam para cumprir compromissos políticos”, acrescenta o autarca.


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