Açoriano Oriental
Política
Bruxelas deve ter "atenção permanente" às acessibilidades
O candidato do PS/Açores ao Parlamento Europeu, Luís Paulo Alves, considera as acessibilidades como sendo "auto-estradas" que catapultam ou condicionam a capacidade competitiva e a mobilidade das regiões.
Bruxelas deve ter "atenção permanente" às acessibilidades

Autor: Pedro Lagarto

Por consequência, se for eleito a 7 de Junho promete contribuir para que o dossier relativo aos transportes aéreos mereça uma "atenção permanente" das instituições europeias, até porque, no caso dos Açores, "trata-se de uma questão fundamental". Luís Paulo Alves, que se fez acompanhar por um grupo de deputados regionais do PS que nesta segunda-feira visitaram os novos aviões da Sata Air Açores, no Aeroporto João Paulo II, promete também lutar para que "não sejam introduzidas novas políticas que dificultam as acessibilidades". Cita o exemplo recente da Directiva Europeia que inclui a aviação no esquema europeu de comércio de emissões de gases com efeito de estufa, que não garante a isenção total na aplicação de taxas de CO2 para as regiões ultraperiféricas. Este é um aspecto gravoso, dado que os Açores, tal como a Madeira, Canárias e DOM Franceses, dependem do transporte aéreo a cem por cento para fazer sair ou entrar pessoas no respectivo território.  "Conseguimos uma primeira vitória, parcial é certo, que é a exclusão das rotas internas (inter ilhas) e também das ligações Faial/Lisboa, Pico/Lisboa e Santa Maria/Lisboa. Quanto às rotas principais - Ponta Delgada/Lisboa e Terceira/Lisboa - não foram excluídas da aplicação de taxas. Nós achamos que devem ser porque não temos condição alternativa. Portanto, ou são excluídas ou devemos ser compensados por não termos alternativas para entrar e sair e ainda por termos criado inúmeras políticas energéticas que combatem eficazmente a emissão de CO2, como por exemplo a geotermia", explicou Luís Paulo Alves. Ou seja, para o candidato do PS/Açores ao Parlamento Europeu "não faz sentido falar da coesão territorial e depois adoptar políticas que combatam e não aproximem essa coesão". Luís Paulo Alves defendeu ainda a introdução de apoios estatais para a criação de novas rotas nas regiões ultraperiféricas. Recorde-se que anteontem o candidato do PS/Açores ao Parlamento Europeu acusou o cabeça-de-lista do PSD, Paulo Rangel, de ser um dos rostos do centralismo social-democrata, por ter solicitado ao Tribunal Constitucional a fiscalização do Estatuto Político-Administrativo dos Açores. Na altura Luís Paulo Alves disse que "o Dr Paulo Rangel é o rosto de um PSD responsável por uma queixa pendente do Tribunal Constitucional para declarar inconstitucional o nosso Estatuto. Em matéria de centralismo, a presidente do PSD/Açores não está em condições de dar lições a ninguém. Pelo contrário, tem recebido fortes lições centralistas de Paulo Rangel e de Manuela Ferreira Leite", afirmou. O candidato do PS/Açores falava na ilha de São Miguel após ter visitado uma plantação de ananases, uma iniciativa que serviu para Luís Paulo Alves enfatizar a qualidade de produtos tradicionais, que projectam a imagem do arquipélago dos Açores no exterior.

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