O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, considerou ontem que a Região está a desempenhar um papel liderante na proteção dos oceanos, ao acelerar as metas fixadas pela União Europeia para a proteção dos mares.

Citado em nota de imprensa, José Manuel Bolieiro falava ontem, em Lisboa, na Conferência das Nações Unidas para os Oceanos, tendo afirmado que “continuaremos a liderar pelo exemplo ao antecipar em sete anos, para 2023, os objetivos estabelecidos para 2030” no que diz respeito à definição de áreas marinhas protegidas.

O presidente do Governo Regional dos Açores falava integrado num painel intitulado “Leading by doing: Latest large-scale actions and new announcements on ocean conservation to achieve 2030 goal”, tendo aproveitado também a ocasião para desafiar os representantes de dezenas de países presentes na Conferência das Nações Unidas para os Oceanos a visitarem os Açores e a tomarem contacto direto com “desenvolvimento económico sustentável aliado à proteção da natureza”.

José Manuel Bolieiro falou também durante a sua intervenção das várias espécies animais que habitam os mares dos Açores e lembrou que o mar do arquipélago representa 56% do espaço marítimo português, sendo uma das maiores zonas exclusivas da Europa.

Por isso, disse José Manuel Bolieiro, “somos orgulhosos de sempre termos protegido os tesouros da natureza”, acrescentando que “os Açores participam nesta Conferência dos Oceanos como líderes no fazer”.

“Temos um histórico que nos dá prestígio mundial relativamente à preservação e conservação dos oceanos. Mas não satisfeitos com o histórico, de excelência, queremos liderar a agenda 2030, antecipando para 2023 os 30% do nosso mar como áreas marinhas protegidas: 15% totalmente protegidas, 15% parcialmente protegidas”, afirmou José Manuel Bolieiro.

José Manuel Bolieiro interveio num painel que contou com a moderação do presidente da Fundação Oceano Azul, Tiago Pitta e Cunha, bem como do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, do Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, e do administrador da Fundação Oceano Azul, Emanuel Gonçalves.