Autor: Lusa/AO Online
“Somos
um território de oportunidades sob o ponto de vista do custo do
investimento mais desonerado, uma vez que temos uma circunscrição fiscal
própria e menos onerosa para o investimento, temos potencial de
captação, designadamente na oferta de programas de emprego, que ajuda ao
empreendedor a desonerar os custos de contexto no seu investimento”,
disse o presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, no âmbito da visita aos expositores das
empresas açorianas presentes na Web Summit. Falando
das potencialidades dos Açores, Bolieiro defendeu que a região é “um
paraíso de convívio da natureza, da tranquilidade, sem qualquer
impedimento digital de chegar a todo o mundo”, e referiu que o que era
no passado um problema de geografia pela ultraperiferia hoje é uma
oportunidade de centralidade. “Estamos no
Atlântico Norte, entre o novo e o velho mundo, e, por isso, também quero
deixar este sentido de universalidade. Estou muito agradado com a
presença dos empresários e empreendedores açorianos aqui na Web Summit
e, também, na expectativa de que eles possam ser suficientemente
sedutores para captar investimento estrangeiro nos Açores”, indicou o
presidente. O social-democrata destacou a
presença de um empresário estrangeiro que já investiu num protejo para
“potenciar a água das Lombadas de São Miguel, para exportação, por
exemplo, para o Dubai”. “Isto é uma vantagem competitiva e que também reafirma a marca Açores, que sob todos os pontos de vista”, realçou. O
presidente do Governo dos Açores reforçou que a presença de empresários
da região na cimeira tecnológica é uma oportunidade “para se afirmarem
na competitividade global”, mas também para poderem ser atração enquanto
investimento estrangeiro, “nesta nova economia do digital” em que a
geografia e a ultraperiferia do território açoriano deixaram de ser um
problema e uma dificuldade. “Hoje a
geografia não é um problema, com a globalização e com esta transição
digital que vivemos, no entanto não podemos marcar ausência, pelo
contrário, temos de afirmar presença, a presença aqui no Web Summit”,
frisou. O Governo dos Açores promoveu um
concurso destinado a apoiar a participação de projetos da região na
edição de 2021 da Web Summit, em que concorrem 23 empresas açorianas,
das quais 10 sediadas na Terceira, nove em São Miguel, três no Pico e
uma no Faial. De acordo com o Governo
Regional, aos primeiros 20 classificados foram atribuídos ingressos para
a cimeira tecnológica e um prémio pecuniário no valor de 500 euros por
concorrente, destinado a comparticipar os custos associados à sua
participação, comprometendo-se os premiados a divulgar presencialmente
as suas empresas e serviços no expositor dos Açores. Este
concurso teve como objetivo "fomentar a internacionalização das
empresas tecnológicas regionais e a melhoria e exportação dos seus
serviços através da sua participação na edição de 2021 da conferência”. Sobre
a abertura deste concurso, o social-democrata explicou hoje que o apoio
atribuído funciona “apenas como incentivador” para ter os empresários
da região “empenhados no seu desempenho externo”. A presença neste
fórum, acrescentou, permite “projetar a economia dos Açores para o
mundo” e, simultaneamente, captar interesse no investimento estrangeiro. “Juntando
‘know-how’ a uma espécie de ‘joint venture’ com os nossos empresários
sediados nos Açores, criarmos dimensão e massa crítica mais universal”,
apontou. A Web Summit decorre desde segunda
e até quinta-feira, em modo presencial, depois de a anterior edição ter
sido ‘online’, e a organização espera cerca de 40 mil participantes.