Bolieiro compromete-se a ser referencial de estabilidade na governação dos Açores

O presidente do Governo dos Açores comprometeu-se a ser um “referencial de estabilidade”, depois de os deputados da Iniciativa Liberal (IL) e independente (ex-Chega) terem rompido o acordo de incidência parlamentar feito com o executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM).



“Vamos continuar a cumprir o programa do Governo. Foi a base para a garantia da estabilidade e da afirmação para esta alternativa de governação e da alternância realizada. É este o meu compromisso”, disse José Manuel Bolieiro (PSD) à estação de televisão CNN.

Questionado sobre a decisão dos deputados Nuno Barata (IL) e Carlos Furtado (independente eleito pelo Chega), o chefe do Governo açoriano começou por dizer que não pode “assumir as responsabilidades dos outros” e lembrou que tem sido, “desde o primeiro instante”, um “referencial de estabilidade e uma oportunidade de afirmar uma alternativa de governação aos Açores após 24 anos de poder absoluto do PS”.

Bolieiro disse ainda não temer eleições antecipadas porque é “um democrata” e o “veredicto popular é que é soberano”.

“Quero informar aos portugueses, e ao açorianos em especial, e aos democratas que pretendo, enquanto presidente do governo, ser um referencial de estabilidade e de afirmação de uma governação que muda o paradigma para melhor desenvolver os Açores”, reafirmou.

“Sempre fui e não vou deixar de ser um fator e um referencial de estabilidade”, frisou, acrescentando que o interesse da Região Autónoma dos Açores “é prevalente”.

Os três partidos que integram o Governo Regional (PSD, CDS-PP e PPM) têm 26 deputados na assembleia legislativa e contam agora apenas com o apoio parlamentar do deputado do Chega, somando assim 27 lugares.

Antes, com o apoio parlamentar do deputado independente e do eleito da Iniciativa Liberal somavam 29 mandatos, o que permitia ao executivo governar com maioria absoluta.

A oposição conta agora com 30 deputados, quando antes tinha 28.

A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da Iniciativa Liberal, um do PAN, um do Chega e um deputado independente (eleito pelo Chega).

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