Autor: LUSA/AO online
"Não se compreende de modo algum a enorme demora que existe na resposta aos testes à covid-19 feitos aos passageiros que entram na região e que aqui fazem teste", afirmou o deputado do BE António Lima.
O também líder bloquista na região disse não compreender o porquê de não serem realizados testes na Horta, ilha do Faial, pedindo "no mínimo um forte reforço da capacidade e celeridade de resposta nos laboratórios existentes".
Na declaração política do partido, o BE criticou a "falta de um plano para a recuperação das consultas", a "desorganização na gestão dos testes à covid-19", a "não valorização das carreiras dos profissionais de saúde", a "incerteza sobre o próximo ano letivo" e a "falta de garantias de manutenção do emprego e do salário".
Segundo António Lima, essas "incertezas" demonstram "desorientação por parte do Governo Regional e geram insegurança e falta de confiança nas pessoas".
Na resposta, a secretária regional da Saúde, Teresa Luciano, avançou que a região já realizou mais de 42 mil testes à covid-19, cerca de 23 mil em São Miguel e 19 mil na Terceira.
Teresa Luciano disse já terem sido realizados 881 testes no continente a passageiros que pretendem ir à região, tendo "alguns deles" dado positivo, o que impossibilitou a viagem para o arquipélago.
A secretária regional afirmou que a "comunicação dos resultados está melhor", uma vez que a secretaria está a "agilizar" o processo.
"É importante termos tolerância com a estrutura montada [na área da Saúde], que tem tido resultados positivos", declarou.
A deputada social-democrata Mónica Seidi disse partilhar das "preocupações" do BE, destacando que a possibilidade da realização de testes na origem antes da deslocação aos Açores foi proposta do PSD.
Seidi acrescentou ser "importante facilitar o processo da realização dos testes", de forma a "aliviar a carga de trabalho dos profissionais de saúde que estão no terreno".
O deputado do PS Domingos Cunha enalteceu o trabalho dos profissionais de saúde e destacou que o Serviço Regional de Saúde tem "tido a capacidade de responder aos desafios colocados".
O socialista referiu a "complexidade do sistema informático" para justificar algum eventual atraso na divulgação dos testes, mas frisou que "tem aumentado o número de análises feitas".