Açoriano Oriental
Banif Açores funde-se por incorporação
A Assembleia Geral do Banif Açores (ex-BCA) acaba de aprovar o  processo de fusão com o grupo Banif  de Horácio Roque - apurou o ‘AO’ junto de fonte identificada com o processo.
O processo de fusão deverá estar concluído em 1 de Janeiro de 2009. (com ficheiro audio)

Autor: João Alberto Medeiros

Em termos práticos, o Banif Açores perde a sua identidade jurídica e mantém -se apenas como marca nos Açores.
Toda a sua posição financeira será incorporada no universo Banif .
Machado dos Santos, administrador do grupo Banif , assegura que os trabalhadores, no âmbito do processo de fusão, verão os seus direitos assegurados.
Em causa estão as carreiras, categorias, fundos de pensões e segurança social.
O administrador, confrontado pelo ‘AO’,  afirma ser “totalmente falso” que no âmbito da incorporação dos activos do Banif  Açores se esteja a proceder a uma reestruturação dos recursos humanos.
O que existe sim, na sua leitura, é um programa de redução de quadros.
 Este programa prevê o recurso a reformas antecipadas, ao abrigo do qual, desde 1996, a administração do Banif tem chegado a acordo com os trabalhadores.
No entanto, este processo tem estado congelado devido aos encargos adicionais que representa para o fundo de pensões.
Em 1996, o Banco Comercial dos Açores possuía cerca de 570 trabalhadores. Hoje, são cerca de  380.
Machado dos Santos esteve reunido, sexta-feira, em Ponta Delgada, com sindicalistas do sector a quem deu garantias de que os postos de trabalho não estão em causa.
O processo de fusão é o “culminar” de uma série de iniciativas internas, entre as quais a criação de plataformas de balcões homogéneos em todo o grupo, o que já existe há quatro anos.
Com esta concentração de sinergias pretende-se tornar o grupo mais competitivo e evitar “desperdícios internos”.
Aquele administrador do Banif  defende que a instituição financeira não vai perder a sua ligação afectiva aos Açores com esta opção.
Refere mesmo que o “elo afectivo” vai ser reforçado através da aposta em novos produtos e em novas agências que permitam  melhorar a sua rede regional.

Depósitos assegurados
Machado dos Santos assegura, por outro lado, na sequência da crise internacional que afecta a banca, que os depósitos dos açorianos que trabalham com a instituição estão assegurados.
A posição do Banif  Açores e do grupo é “sólida”, não havendo “activos tóxicos”.
Tanto assim é que o Banif vai manter o seu plano estratégico que havia sido definido para três anos, salvaguarda Machado dos Santos. Recorde-se que o presidente do Banif, Horário Roque, já admitiu  que a instituição que lidera pode vir a recorrer ao aval do Estado para obter financiamento nos mercados internacionais.
 Mas garantiu que o seu banco, tal como agora o faz Machado dos Santos, encontra-se com uma posição confortável em termos de liquidez.
O Banif Açores, que começou por ser Banco Micaelense, tem sido líder do mercado nos Açores.  Foi adquirido pelo Banif no âmbito do processo de privatização do BCA, encetado pelo Governo dos Açores

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