Açoriano Oriental
Banco Solidário nos Açores recolhe donativos para crianças carenciadas
O Instituto de Apoio à Criança (IAC) abre hoje, em Ponta Delgada, Açores, um banco solidário que vai recolher bens de primeira necessidade para crianças carenciadas para fazer face ao aumento das solicitações.
Banco Solidário nos Açores recolhe donativos para crianças carenciadas

Autor: Lusa/AO Online

“Com o agravamento da crise que vivemos a nível nacional tem-se verificado que cada vez mais crianças e jovens são vítimas do empobrecimento das suas famílias e é claro que o IAC tem vindo a registar essas situações”, disse à agência Lusa a coordenadora da instituição nos Açores, Ana Vieira.

O Banco Solidário da Criança funcionará num imóvel no centro da cidade de Ponta Delgada às terças e quintas-feiras, entre as 14:00 e as 17:00, e a comunidade pode doar vestuário, calçado, material escolar, artigos de puericultura e de higiene, bens alimentares não perecíveis e brinquedos.

Este Banco Solidário, assegurado por técnicos do IAC e voluntários, "vai funcionar de forma articulada com juntas de freguesia, centros paroquiais e outras entidades" para que os bens cheguem "rapidamente às famílias que possam estar numa situação complicada de carência", acrescentou Ana Vieira.

Segundo esta responsável, a linha SOS-Criança, valência do IAC, "tem vindo a registar, nos últimos três anos, um aumento dos pedidos para apoio de bens de primeira necessidade, devido a situações de desemprego ou sobre-endividamento de muitas famílias".

Desde 2014 que a valência SOS-Criança "desenvolveu esforços" para a criação de um Banco Solidário da Criança, mas "era necessário criar condições de armazenamento e logística" para arrancar com o projeto, "o que se tornou agora possível com o apoio de particulares, empresas locais, Câmara Municipal e Governo Regional", salientou.

O Banco Solidário resulta da valência SOS-Criança uma linha, anónima e confidencial, de apoio e emergência, e que funciona de segunda a sexta-feira, das 09:00 às 17:00.

Ana Vieira indicou que a linha SOS-Criança recebe "uma média de 300 apelos anuais", na sua maioria telefonemas a denunciar situações de "negligência" e também "muitos pedidos de apoio de aconselhamento".

"A linha existe para dar voz à criança, dar voz à comunidade e o objetivo é sempre minimizar situações que vitimizem as crianças ou que as possam vir a por em risco", frisou a coordenadora técnica do IAC nos Açores.

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