Autor: Lusa/AO Online
Carlos Morais, presidente da Assembleia Geral da ATA, que é o único candidato à presidência da direção da associação, a 09 de maio, remete explicações para a direção demissionária, mas salvaguarda que pretende futuramente fazer face a este passivo, se for eleito, na sequência de diálogos com o Governo Regional que pretendem “resolver este e outros assuntos” com base nas “boas sinergias” existentes entre ambas as partes.
O Governo Regional dos Açores foi um dos sócios fundadores da ATA, tendo-se retirado, entretanto, bem como o grupo SATA, outro dos sócios fundadores.
“Está a ser discutido um contrato-programa para fazer face a estas situações e é este documento que neste momento se está a estudar e que gostaria que estivesse concluído antes do ato eleitoral de 09 de maio”, declarou Carlos Morais.
Questionado sobre como agirá a ATA se o Governo Regional não assumir os 1,5 milhões de passivo, Carlos Morais referiu que “o que está neste momento em cima da mesa, embora não por escrito, é que a partir do momento que exista uma nova direção eleita e empossada, o executivo está disposto a resolver”.
A PJ realizou a 27 de fevereiro buscas por suspeitas de “fraude para a obtenção de subsídio, peculato, falsificação de documentos e participação económica em negócio" na Associação Turismo dos Açores, tendo o presidente do organismo sido constituído arguido.
Em comunicado, o Departamento de Investigação Criminal de Ponta Delgada da Polícia Judiciária (PJ) explicou que na operação foram "realizadas, no concelho de Ponta Delgada, cerca de 20 buscas a empresas, residências e viaturas, que permitiram a apreensão de abundantes elementos com interesse probatório, entre os quais documentação contabilística, faturas, contratos, pagamentos, relatórios de execução de projetos, dados informáticos e correio eletrónico".
"Foram constituídos cinco arguidos, entre eles o presidente da instituição em causa […] e uma responsável de departamento, sua familiar, os quais são suspeitos de, articuladamente e em conluio com outras pessoas”, terem “atuado ao longo de vários anos à margem das regras relativas à contratação pública, com vantagens pessoais e para terceiros", acrescentou a polícia.