Açoriano Oriental
Ana Moura estreia-se no Brasil abrindo Festival com Gilberto Gil
A fadista Ana Moura estreia-se hoje no Brasil abrindo, ao lado de Gilberto Gil, o terceiro "Back2Black", o maior festival de música negra da América Latina.
Ana Moura estreia-se no Brasil abrindo  Festival  com Gilberto Gil

Autor: Lusa/AO Online

“O convite deixou-me muito feliz. Gosto muito do conceito e para mim diz muito, porque venho de uma família negra, de origem angolana, então cresci sobre a influência dessa cultura”, afirmou a Ana Moura à Lusa.

O evento, que se realiza no Rio de Janeiro a partir de hoje e até domingo, foi idealizado como um espaço para debates e apresentações ligadas à cultura africana e afro-brasileira, mas também explora outros géneros musicais.

No concerto de abertura, Ana Moura cantará em dueto com o músico brasileiro Gilberto Gil. Acompanham a fadista José Manuel Neto, na guitarra portuguesa, José Elmiro, na viola, e Filipe Larsen, na viola baixo.

Segundo Ana Moura, algumas músicas de Gil, incluídas no alinhamento do espetáculo, receberam uma “roupagem fadista”.

Também hoje atuam na ex-Estação ferroviária Leopoldina, no Estado do Rio de Janeiro, onde se realiza o Festival, a banda tuaregue Tinariwen e a cantora e atriz norte-americana Macy Gray.

O cantor Prince que tinha anunciado a sua presença, marcando o seu regresso ao Brasil, 20 anos depois da primeira atuação, cancelou a participação prevista para sábado, sendo substituído pelo brasileiro Seu Jorge.

O festival conta com uma programação de debates sobre povos da cultura negra no mundo, numa coordenação do escritor angolano José Eduardo Agualusa.

Na primeira mesa, “Democratização, não-violência e redes sociais”, serão hoje tratados os recentes movimentos de democratização nos países do norte da África. A ideia, segundo os organizadores, é fazer uma abordagem comparativa com os movimentos que na década de 1950 conduziram à independência dos países africanos.

O debate contará com a participação, via teleconferencia, do ativista egípcio Wael Ghonim, eleito pela revista Times uma das cem pessoas mais influentes de 2011.

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