Autor: Lusa/AO online
Erin Fougeres, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, explicou ao Miami Herald que o vírus, similar ao sarampo, está a ter um "significativo impacto" sobre os golfinhos.
O número de cetáceos mortos neste ano excede os 740 animais desde o último grande surto do vírus, em finais da década de 80 do século passado.
Ao número de golfinhos encontrados adicionam-se os que terão morrido no alto mar, cujos restos não chegaram à costa, pelo que o número de vítimas mortais poderá ser maior.
Os investigadores estão a tentar averiguar os motivos por que o vírus está a ter alta incidência nos golfinhos, que migram com a chegada de temperaturas baixas.
"A última vez que isto sucedeu fui há uns 25 anos e os animais que sobreviveram tinham de ter anticorpos naturais. Mas, à medida que estes animais morriam lentamente, os novos não estiveram expostos e podiam não ter essas defesas", disse Fougeres.
Segundo dados oficiais, havia cerca de 40.000 golfinhos em 2010 na costa Este dos Estados Unidos.
À morte dos golfinhos junta-se a do peixe-boi, com mais de 800 exemplares da espécie a morrerem em águas do estado da Florida este ano, de acordo com dados recentes da Comissão para a Proteção da Vida Selvagem e Pesca.