Autor: Lusa/AO Online
Os médicos dos Açores, Madeira e da região Sul estão em greve desde as 00:00 de hoje, uma paralisação regional que já decorreu no Norte e que antecede um dia de greve nacional, prevista para 8 de novembro.
Paula Resendes, de 62 anos, do concelho da Lagoa, viu a sua consulta adiada por falta de médico, mas reconhece o direito à greve por parte destes profissionais, apesar do transtorno que foi levantar-se mais cedo numa manhã de chuva intensa e trovoada em Ponta Delgada.
Mas se para Paula Resendes “este é um direito que lhes assiste”, para Carlos Cordeiro, de 49 anos, da freguesia do Pico da Pedra, que também viu a sua consulta cancelada, o transtorno só não foi maior porque a localidade de trabalho é mesmo em Ponta Delgada.
“Mas existem muitas pessoas que vieram de muito longe, com mau tempo, e que não conseguiram consulta”, disse.
Beatriz Pacheco, de 23 anos, natural da Ribeira Grande, desconhecia que havia uma greve em curso, mas esperava pacientemente que a sua consulta fosse viabilizada.
Os médicos reclamam a redução de 18 para 12 horas semanais dos turnos nos serviços de urgência, bem como a diminuição dos utentes por médico de família de 1.900 para 1.500 pessoas.
A greve foi convocada pelos dois sindicatos médicos – Sindicato Independente dos Médicos e Federação Nacional dos Médicos.
Desconhece-se, para já, o impacto que a paralisação está a ter nas diferentes ilhas açorianas, uma vez que o governo dos Açores ainda não tem números disponíveis, mas, segundo os sindicatos dos médicos, a greve está a ter uma adesão de cerca de 75% nos cuidados de saúde primários da região Sul e ilhas.
Em declarações à agência Lusa, Guida da Ponte, da comissão executiva da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), revelou os primeiros dados da adesão à greve: “75% dos cuidados de saúde primários”.
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