Autor: Lusa/AO Online
O republicano nomeou Blanche como procurador-geral adjunto na quinta-feira e um dia depois de anunciar a proposta do polémico congressista da Florida Matt Gaetz como procurador-geral dos Estados Unidos.
As duas propostas devem ser ratificadas pelo Senado, que, na próxima sessão, conta já com maioria republicana.
Em comunicado, Trump destacou a experiência de Blanche à frente da procuradoria federal do distrito sul de Nova Iorque e referiu que a liderança deste vai ser crucial para corrigir “um sistema judicial quebrado há demasiado tempo”.
Natural do Colorado, Blanche juntou-se à equipa jurídica do ex-presidente em 2023 e liderou a defesa no julgamento de Nova Iorque, pelo qual, em maio deste ano, o republicano foi considerado culpado das 34 acusações de que era alvo, aguardando a sentença.
Participou também nos dois julgamentos de Trump conduzidos pelo procurador especial Jack Smith por interferência eleitoral, num tribunal federal de Washington, e pelo manuseamento indevido de documentos confidenciais na residência privada em Palm Beach, na Florida.
O presidente eleito também anunciou na quinta-feira a nomeação de Emil Bove, outro dos advogados que o representou, para o gabinete do procurador-geral e que vai ser responsável pela gestão do Departamento de Justiça até Blanche ser confirmado pela câmara alta do Congresso dos EUA.
Outra das novidades avançadas no mesmo dia é a nomeação do governador do estado Dakota do Norte, Doug Burgum, para liderar o Departamento do Interior. O anúncio foi feito informalmente durante uma gala em Palm Beach.
“Na verdade, ele vai dirigir o Departamento do Interior”, disse Trump a uma multidão, de acordo com a agência de notícias Associated Press.
O anúncio aconteceu pouco depois de Burgum se recusar a falar sobre o futuro na nova administração.
“Nada é verdade até que se leia na Truth Social”, disse Burgum aos jornalistas antes de Trump subir ao palco e referindo-se à rede social fundada pelo ex-presidente.
Já foi anunciada também a escolha do antigo candidato presidencial Robert F. Kennedy Jr., conhecido pelas teorias da conspiração sobre as vacinas, para liderar a pasta da Saúde.
Trump sublinhou na Truth Social que garantir a saúde dos cidadãos é o cargo mais importante da administração e sublinhou que “durante demasiado tempo os norte-americanos foram esmagados pelo sistema alimentar industrial e pelas farmacêuticas que recorreram ao engano, à desinformação e à manipulação em questões de saúde pública”.