TAP

SPAC assinala revelações “vergonhosas” na comissão de inquérito que dão “razão aos alertas”

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) assinalou as “revelações no mínimo vergonhosas” feitas durante a comissão parlamentar de inquérito à TAP, registando que “vêm dar razão aos alertas” que o sindicato tem feito ao longo dos anos.



Num comunicado enviado aos seus associados e a que a Lusa teve hoje acesso, o SPAC “repudia as afirmações da ex-administradora [Alexandra Reis] quanto à sua responsabilidade nos hipotéticos acidentes de aviação na companhia TAP, relembrando que Alexandra Reis nunca foi ‘Accountable Manager’ ou ‘Nominated Post Holder’”.

De igual forma, o sindicato diz que “é bom saber” que, segundo Alexandra Reis, os responsáveis pela segurança das operações aéreas devem “ter remunerações e, portanto indemnizações, em linha com essa enorme responsabilidade”, e acrescentou que tal será tido em conta na atual negociação do acordo de empresa.

O sindicato insiste que os pilotos são “os últimos responsáveis” pela condução segura dos voos.

O SPAC condenou, também, a conduta da ex-administradora durante o processo de despedimento coletivo e no apadrinhamento do “algoritmo iníquo e até ilegal proposto pela consultora BCG”.

No documento, o sindicato recordou, também, a indemnização de 500.000 euros paga a Alexandra Reis para a sua saída da empresa, que “não teve limite e foi paga de uma só vez”, ao invés das indemnizações pagas pelas rescisões por mútuo acordo, cuja determinação foi que “fossem fracionadas no tempo e que tivessem um limite máximo”.

No geral, o SPAC refere que a companhia aérea tem sofrido pela interferência “abusiva e ignorante” dos seus governantes, que leva a empresa a enfrentar “diversos problemas”.

“O público em geral está agora a começar a perceber estes problemas, mas os trabalhadores da TAP têm vindo a chamar a atenção para os mesmos há muitos anos”, refere o sindicato.

Nesse sentido, chega mesmo a considerar que “o maior dos males da TAP é a sua conveniente desgovernação”.

“Permite relações tóxicas entre governantes e gestores executivos, levando a negócios sombrios e fatais, opções de gestão operacional erráticas, bem como, a atribuição de cargos a ‘boys’ do sistema, e à troca dos mesmos, e ainda à contratação milionária de assessorias jurídicas”, atirou o sindicato, que insiste que os governantes da TAP “parecem estar acima da lei”.

Ainda no capítulo da má governança, o SPAC recorda o “negócio caricato dos aviões cargueiros que causou prejuízos superiores a 40 milhões” e lamenta que a TAP seja uma empresa financeiramente debilitada que poderia ser “economicamente viável, se não fosse pelo capital de irresponsável destruição de valor criado pela sua gestão”.

“A TAP é uma empresa pública de importância vital para Portugal, e é crucial que a sua gestão seja eficiente, responsável e respeitosa com os seus trabalhadores”, pediu o sindicato, que diz estar comprometido em “lutar por esses valores”.

A estrutura exige ainda o fim da “interferência política” e da “gestão irresponsável” na companhia aérea.



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