Autor: Lusa/AO Online
"Este
sindicato considera fundamental e essencial dada esta situação injusta,
apesar de variável, tabelar o preço de certas espécies. É
imprescindível, de forma a salvaguardar também os interesses dos
pescadores, cujo trabalho merece ser mais compensado em toda a faina,
sejam elas boas ou más", refere um comunicado de imprensa enviado às
redações, a propósito do dia do pescador que se assinala esta segunda-feira.
O Sindicato Livre dos Pescadores, Marítimos e Profissionais Afins dos Açores, que tem sede na vila piscatória de Rabo de Peixe, na ilha de São Miguel, aponta que "sempre se verificou nas leis e regras do mercado capitalista, que quanto mais escasso estava o produto, mais caro era vendido".
"Infelizmente, na pesca atualmente, o peixe e sua apanha é escassa, sendo o mesmo arrematado em lota com preços de licitação baixos, desvalorizando o trabalho e o labor dos pescadores, que veem em termos gráficos uma oscilação enorme", refere aquela estrutura.
Para o sindicato, esta é uma situação que "é uma constante, não dando confiança nem segurança aos homens do mar, cujos lucros são muitas vezes diminutos e irrisórios", lê-se no comunicado assinado pelo presidente do sindicato, Luís Carlos Brum.
O sindicato alerta que "esta situação gera injustiças sociais" na classe piscatória e que "a intermediação fica claramente beneficiada com percentagens de lucros astronómicos".
Enquanto isto, "os produtores e seus agregados familiares sofrem na pele uma vida carenciada", mas "nunca desistindo, pelo contrário, mantêm-se incessantemente na faina marítima", constata ainda o sindicato.
No dia do pescador, o sindicato lembra a efeméride juntando-se às "preocupações" e "reivindicações" da classe piscatória "para sensibilizar todos, administração e setor da pesca das necessidades e lacunas, prementes que devem ser solucionadas".