Autor: Lusa/AO Online
“Temos muita dificuldade em compreender que após semanas de intensas negociações […] ainda seja necessária autorização da tutela para que sejam aceites as propostas apresentadas pelo SNPVAC”, refere o sindicato em comunicado.
Entre outras questões, o SNPVAC defendeu na reunião com o conselho de administração da SATA a 21 de outubro, em Ponta Delgada, a existência de dois chefes de cabine a bordo dos A330, aviões que a companhia aérea passará a utilizar nas viagens de longo curso.
Na ocasião, o vice-presidente do sindicato, Nuno Fonseca adiantou à Lusa que “há abertura” de ambas as partes para se chegar a um consenso em relação à composição das tripulações dos A330, tendo ficado agendada uma nova reunião para 04 de novembro, que foi inconclusiva quanto à definição da composição e funções dentro dos novos aviões.
No comunicado, o sindicato afirma que as propostas foram vistas pelo conselho de administração como “um excelente contributo para o futuro e viabilidade da SATA”, uma vez que “podem vir a representar uma enorme poupança, acrescida de um aumento da produtividade por parte dos tripulantes, parte integrante da empresa e dispostos a fazer parte de uma solução”.
“A questão fundamental é que estamos há semanas a aguardar pela ausência de quem realmente manda, para que o A330 inicie os seu voos e consiga ser uma mais-valia para a sustentabilidade económica da empresa”, adianta o sindicato, perguntando “afinal quem manda na SATA?”.
Segundo o SNPVAC, o conselho de administração, nomeado pelo Governo dos Açores, deve gerir a empresa pública de acordo com o plano de negócios “avalizado pelo principal acionista”, o Governo Regional dos Açores.
Contactada pela Lusa, o porta-voz da SATA referiu apenas que “o processo negocial com o sindicato continua a decorrer”.
A Lusa também contactou o gabinete do secretário regional do Turismo e Transportes, com a tutela da SATA, mas até ao momento não foi possível obter nenhuma reação.