Açoriano Oriental
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Escola Secundária da Lagoa

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Sejamos livres, sejamos arte, sejamos nós.


Adrielli Fukuda

(Texto de opinião sobre a influência dos média e das redes sociais na vida das pessoas, por aluna do 8º ano) Todos os dias, em lugares próximos ou longínquos, inconscientes ou conscientes, milhões de pessoas seguem por ribeiras distintas, porém semelhantes, no mar de uma sociedade opressora. Sentem a água fria envolver os seus corpos e roubar-lhes a voz, mas não ousam, pelo menos, imaginar a textura das areias de liberdade que lhes poderiam tocar os pés. São cascas ocas a serem levadas por águas fortes e frias: é uma metáfora extremamente ridícula, mas inevitavelmente verdadeira.

Esta opressão social deixa-me incrédula. Fez-me, fez-nos e faz-nos acreditar que não nos devemos orgulhar de cada milímetro de nós mesmos. Esta opressão dá-me vontade de gritar e espernear. Não quero, não aceito e resisto a ser apenas mais uma casca flutuante. Reconheço o meu brilho, reconheço o nosso valor. Reconheço que somos uma espécie de arte única, mais bela e celestial.  

Através deste texto, quero exprimir a minha opinião sobre as consequências nefastas que os média e as novas tecnologias podem ter nas nossas vidas e alertar para a importância de nos aceitarmos como somos e de não sermos apenas uma réplica falsa de alguém.

Sou completamente contra esta tentativa constante de tentarmos ser “suficientes” e, por isso, digo-vos: vivamos as nossas vidas, andemos com os nossos próprios pés e jamais esqueçamos a nossa verdadeira essência, o sabor da liberdade e o limite desta. Espalhemos o amor e joguemos fora desta opressão que, como deveríamos todos manter em mente, pode ser extremamente prejudicial à nossa saúde física e mental.  

Por causa de críticas destrutivas, tentam apagar quem somos e obrigam-nos a sentirmo-nos rejeitados, neutralizando a nossa própria essência, pois milhões de pessoas acabam por desenvolver paranóias, como, por exemplo, sobre o tamanho da roupa que vestem, sobre a sua classe social e até mesmo sobre a quantidade de seguidores que têm nas redes sociais, mesmo que estes sejam muito opressores. As paranóias a respeito do peso são gravíssimas, pois levam a desenvolver doenças como a anorexia, a bulimia ou mesmo a anemia. Como se não fosse suficiente, ainda nos devemos lembrar de outras consequências do foro psicológico e emocional: a baixa autoestima, a automutilação, a dependência de químicos ou produtos alcoólicos, a depressão e, na pior das hipóteses, o suicídio 

Não há idade, nem género, nem raça para a pessoa se ver a ser alguém que não expressa ou liberta o seu verdadeiro eu,. Qualquer um pode, em qualquer altura da vida, dar-se conta de que se está a sufocar no meio das críticas dos outros e das suas próprias tentativas de se encaixar num determinado grupo de pessoas, por exemplo. Por isso, na minha opinião, este assunto deveria ter mais peso nos média, dever-se-ia valorizar e expôr mais os livros sobre o amor próprio e a autoestima, mais páginas no jornal que digam que sim, que nós somos suficientemente bons, que nós somos capazes! Precisamos de mais apoio nesta questão, precisamos de nos deixar de influenciar pelas imagens das revistas “cor de rosa” e as da moda. Que  a vida e as imagens fúteis dos famososas  “descansem em paz”! 

Vale a pena lembrar, ainda, que a maior parte das pessoas afetadas por esta pressão social são, de facto, os jovens. Jovens como eu que têm sonhos e valores, que têm gostos e opiniões, mas que, pela razão em causa, deixam que tudo o que carregam no peito e de que se deveriam orgulhar seja engolido por um enorme vazio. Queridos jovens, queridos adultos, queridas pessoas que se vêem nesta situação, aconselho-vos a que não deixem a vossa  alma ser consumida por este vazio de querer ser igual ao outro.  

Insisto que devemos  reclamar o nosso ser único e genuíno, as asas que nos levam a voar no vasto céu da liberdade, não esquecendo de respeitar o limite da mesma. Temos que ter responsabilidade como cidadãos para alcançar uma sociedade que, cada vez menos, nos faça sentir insuficientes, pois a nossa liberdade termina quando a do próximo começa, e isto é outro ponto fulcral a manter em mente.  

Por fim, peço-vos, gentilmente, que reflitam sobre o quão importante é sermos cuidadosos e responsáveis com o que dizemos ou fazemos, para construirmos uma sociedade melhor para todos. Sejamos livres, sejamos arte, sejamos nós.

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