França

Ségolène Royal denuncia frente interna contra a sua liderança

A ex-candidata presidencial Ségolène Royal, indicada como possível vencedora das eleições directas do Partido Socialista (PS) francês de quinta-feira, denunciou a formação dentro do partido de uma "frente" contra a sua liderança e projecto político.


"Essa frente existe, é bem claro. É visível", afirmou Royal, em declarações à rádio France Inter, reagindo assim ao apoio do presidente da Câmara de Paris, Bertrand Delanoe, à candidata Martine Aubry, autarca de Lille que também está a disputar a liderança da força política.

    Delanoe, uma das figuras mais proeminentes do PS francês, apelou segunda-feira ao voto na candidata Martine Aubry através de uma carta enviada aos militantes.

    O autarca de Paris foi um dos nomes mais votados na primeira consulta aos militantes realizada a 06 de Novembro, que foi liderada pela moção de Royal, mas preferiu não avançar com uma candidatura oficial à liderança dos socialistas.

    "Não sei quais são as manobras dentro do aparelho partidário que ditaram esta evolução" de Bertrand Delanoe, acrescentou a ex-candidata presidencial, lembrando que o político tinha afirmado segunda-feira, um dia depois do congresso do PS francês em Reims, que o partido tinha "perdido o sentido de honra".

    "Os militantes já votaram e eles deram-me a liderança" durante a votação da semana passada das diferentes moções, mas "esta não é a primeira vez que o voto dos militantes não é respeitado", frisou a candidata.

    Na mesma entrevista, Royal reconheceu que o apoio de Bertrand Delanoe à sua opositora Martine Aubry poderá "complicar aritmeticamente" a nomeação do novo líder do partido.

    O congresso de Reims, realizado entre sexta-feira e domingo passado e marcado por reuniões de bastidores e debates, mostrou-se incapaz de renovar o PS francês e de apresentar uma alternativa credível ao Presidente de direita, Nicolas Sarkozy.

    O principal ponto de bloqueio foi a questão das alianças entre socialistas e centristas que Ségolène Royal considera desejáveis até 2012 para destituir o Presidente Sarkozy.

    Por falta de acordo, são os militantes que vão votar quinta-feira para escolher entre os três candidatos à sucessão de François Hollande, que deixa o cargo de secretário-geral do partido 11 anos depois de ter tomado posse.

    A par das candidatas Ségolène Royal, 55 anos, e Martine Aubry, 58 anos, a liderança do PS vai ser disputada ainda por Benoit Hamon, 41 anos, símbolo de relevo num partido dominado por "históricos" e que encarna a esquerda do PS.

    Se nenhum dos candidatos obtiver a maioria na quinta-feira, uma segunda volta decidirá tudo, no dia seguinte, entre os dois mais votados.
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