Relação rejeita afastamento de juiza pedido por advogada acusada nos Açores

O Tribunal da Relação de Lisboa indeferiu o pedido de recusa da juíza formulado pela advogada acusada nos Açores de um crime de abuso de confiança, praticado no exercício da sua profissão, disse à agência Lusa fonte ligada ao processo.



A advogada está acusada de ter ficado com parte do valor de uma indemnização dos seus clientes, num processo que envolve três pescadores do Pico abalroados em 2004 por um navio da National Geographic.

Os pescadores, que foram resgatados, viriam a ser indemnizados pelo armador, mas a advogada que os defendia terá ficado com grande parte do dinheiro.

Na terça-feira completou-se 15 anos desde o abalroamento, sendo que o início do julgamento deste caso tem sido sucessivamente adiado.

A primeira audiência esteve agendada para 28 de janeiro, mas foi adiada porque a arguida apresentou um requerimento no próprio dia do julgamento a indicar a troca de defensor.

Já no início de fevereiro o Tribunal voltaria a adiar pela segunda vez o julgamento, uma vez que a advogada da arguida não compareceu e apresentou uma “justificação de não comparência que não foi aceite pela juíza”.

Em março, a arguida deu entrada com um pedido de recusa de juíza, alegando falta de imparcialidade por parte da magistrada na condução do processo, mas o Tribunal da Relação de Lisboa acabaria por rejeitar "na totalidade" os argumentos da arguida e decidiu manter a mesma juíza, segundo disse à agência Lusa a mesma fonte.

De acordo com a fonte ligada ao processo, "por acórdão, de 02 de maio, do Tribunal da Relação de Lisboa, foi indeferido o pedido de recusa da juíza deste processo apresentado pela arguida, tendo sido agendado para 31 de maio nova data para o início do julgamento".

A arguida nunca compareceu em nenhuma audiência de julgamento agendada.


PUB

Premium

O setor da produção de carne de bovino continua a ganhar importância na economia da Região Autónoma dos Açores e o reflexo disso é o aumento da procura de bovinos para abate e expedição em vida. A falta de animais nos mercados nacionais e internacionais é uma janela de oportunidade que o setor e os produtores açorianos podem aproveitar no curto prazo para aumentar os seus rendimentos