Açoriano Oriental
Região tem unidade móvel de mamografia
Um total de 123 pessoas morreram nos Açores, entre 2003 a 2005, vítimas de cancro da mama, uma doença que conta a partir de hoje com uma unidade móvel para o seu rastreio
Região tem unidade móvel de mamografia

Autor: Lusa/AOonline
  "Dados do Serviço Regional de Estatística dos Açores referentes aos anos de 2003-2005 revelam a existência de 123 óbitos por cancro da mama, dos quais apenas dois eram do sexo masculino", adiantou o secretário regional dos Assuntos Sociais, na apresentação da Unidade Móvel de Mamografia para o Rastreio Organizado do Cancro da Mama (ROCMA), que arranca a 17 de Novembro no concelho do Nordeste (São Miguel).
Segundo Domingos Cunha, os diagnósticos de cancro da mama também têm vindo a aumentar de acordo com os dados do Registo Oncológico dos Açores sobre a incidência de cancro na Região para os anos de 2000 a 2002.
"De um total de 930 novos casos de cancro no sexo feminino, 286 foram de cancro da mama, e, destes, 116 resultaram em óbitos, o que equivale a uma taxa de incidência na ordem dos 78,8 por cada 100.000 habitantes", acrescentou o governante.
 Perante os números, o secretário regional defendeu a necessidade, "cada vez mais premente, de apostar na prevenção", sublinhando que a aquisição da unidade móvel "vai contribuir decisivamente para o despiste e detecção atempada" da patologia.
Domingos Cunha lembrou ainda que o equipamento foi também adquirido com "verbas angariadas através de um conjunto vasto de iniciativas" levadas a cabo pela delegação de São Miguel da Liga Portuguesa Contra o Cancro, numa "incontestável união de sinergias".
Num investimento de cerca de 350 mil euros, a nova unidade está apetrechada com vários equipamentos, nomeadamente um mamógrafo e um digitalizador.
O programa de rastreio arranca no próximo dia 17 no concelho do Nordeste e a unidade móvel vai percorrer sete das nove ilhas açorianas, à excepção da Terceira e Faial, que dispõem de uma unidade fixa.
 "Sabemos as listagens das mulheres elegíveis para este rastreio, entre os 45 e 74 anos, e serão enviadas para os centros de saúde e suas residências cartas a convocá-las", explicou aos jornalistas Eva Garcia, que vai assegurar a direcção técnica do ROCMA, um programa para ser feito de dois em dois anos.
De acordo com o Centro de Oncologia dos Açores (COA), prevêem-se rastrear, por ano, cerca de 14.000 mulheres, resultando desse processo 1.200 consultas, cerca de 60 das quais poderão apresentar patologia neoplásica.
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