PSD/Açores insiste em esclarecimentos sobre obras na zona de proteção do Forte de Santa Cruz

Os deputados do PSD/Açores eleitos pelo Faial voltaram a questionar o Governo Regional sobre as obras em curso no Largo do Infante D. Henrique e área envolvente ao monumento nacional Forte de Santa Cruz, inseridas na empreitada de requalificação da Frente Mar da cidade da Horta.



Em requerimento entregue no parlamento dos Açores, os deputados, Carlos Ferreira e Luís Garcia, lembram que a 13 de maio haviam pedido esclarecimentos ao Governo sobre o assunto, tendo na altura solicitado em concreto que o executivo esclarecesse se o projeto inicialmente submetido incluía a retirada do pavimento em frente à Pousada de Santa Cruz, substituindo-se o brasão em calçada portuguesa por basalto serrado.

No requerimento de 13 de maio, os parlamentares social-democratas afirmaram que “a retirada do pavimento antigo empobrece o local e aquele património, pelo que é vital conhecer o parecer emitido pelo departamento competente do Governo Regional sobre esta alteração em concreto", referem em comunicado.

Na resposta, o Governo informou ter emitido parecer favorável sobre o estudo prévio, mas condicionado, entre outros, à “necessidade da manutenção do caráter original do local, o qual não deveria ser desvirtuado com soluções estéticas importadas que se manifestavam desajustadas”.

O Governo referiu também que “o projeto submetido incluía a retirada do pavimento em frente à Pousada de Santa Cruz, mas não incluía a retirada do brasão”, pelo que a Direção Regional da Cultura “não se pronunciou em concreto sobre a retirada do brasão em calçada portuguesa e a sua substituição por basalto serrado”.

Assim, os deputados social-democratas querem que o Governo explique “se a retirada do brasão em calçada portuguesa e a sua substituição por basalto serrado, na zona de proteção do Forte de Santa Cruz, cumpre o critério que sustentou o parecer favorável, condicionado, de necessidade de manutenção do caráter original do local”.

“Entende o Governo que a alteração mencionada não violou o princípio de não desvirtuar o local com soluções estéticas importadas desajustadas?”, questionam.

Carlos Ferreira e Luís Garcia citam ainda o parecer, emitido em 2015, pela Direção Regional da Cultura, que refere que “para as zonas pedonais, o projeto prevê manter a calçada portuguesa existente”, para confrontar o Governo com fotografias que mostram que a pedra antiga, que fazia a ligação entre o brasão em calçada portuguesa e a entrada do monumento nacional, foi retirada do local e substituída por basalto serrado, e também o brasão foi eliminado e substituído por basalto serrado, como já havia sido reportado a 13 de maio.

“Que explicação tem o Governo para o facto de o parecer emitido em 2015 referir que para as zonas pedonais prevê manter a calçada portuguesa existente, e se constatar que na zona pedonal que preenche toda a frente do Forte de Santa Cruz a calçada portuguesa foi totalmente retirada?”, perguntam os deputados.

Os parlamentares salientam que o Forte de Santa Cruz foi elevado à categoria de Monumento Nacional em 1947, e está por isso, bem como a respetiva zona de proteção, “submetido a um especial dever de preservação e que o Governo Regional dos Açores tem que assumir o seu papel na preservação do património cultural, histórico e arquitetónico na Região”.

PUB

Premium

O setor da produção de carne de bovino continua a ganhar importância na economia da Região Autónoma dos Açores e o reflexo disso é o aumento da procura de bovinos para abate e expedição em vida. A falta de animais nos mercados nacionais e internacionais é uma janela de oportunidade que o setor e os produtores açorianos podem aproveitar no curto prazo para aumentar os seus rendimentos