Açoriano Oriental
PRR
PS acusa Governo dos Açores de “criar falsas expectativas” aos empresários

A deputada do PS/Açores Sandra Dias Faria acusou o Governo Regional de “criar falsas expectativas” aos empresários da região, uma vez que as Agendas Mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência “não voltarão a abrir”.

PS acusa Governo dos Açores de “criar falsas expectativas” aos empresários

Autor: Lusa/AO Online

Em declarações aos jornalistas, após uma visita a um grupo empresarial de São Miguel, a socialista afirmou que, “segundo as informações públicas”, as candidaturas às “Agendas Mobilizadoras não voltarão a abrir”, ao contrário do que disse o presidente do Governo dos Açores, o social-democrata José Manuel Bolieiro.

“Quando é dito pelo Governo Regional que [o processo] volta à estaca zero não é em bom rigor verdadeiro. A garantia que temos neste momento é que os 117 milhões não são perdidos pela região, mas não sabemos de que forma serão canalizados para as empresas e em que moldes”, declarou.

As candidaturas à verba do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) destinada a empresas açorianas foram amplamente criticadas por parlamentares e empresários.

Na sequência das críticas, a 20 de outubro, o presidente do executivo açoriano anunciou que as candidaturas vão começar do zero, com a garantia de que não se perde um cêntimo.

“Com esta informação dada pelo Governo Regional está-se a criar falsas expectativas junto dos empresários de que haverá uma segunda oportunidade para recorrer a essas verbas, o que não é de todo verdade e não está assegurado”, criticou Sandra Dias Faria.

A vice-presidente do grupo parlamentar do PS na Assembleia Legislativa Regional destacou que a Agenda Mobilizadora para a inovação empresarial “já não vai estar mais disponível”.

“Na inovação empresarial (…) não haverá uma segunda oportunidade. Na área da descarbonização ou ainda na área da transição digital, sim, mas isso deixa de parte grande parte dos projetos das empresas”, afirmou.

Segundo disse, a forma como o Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP/PPM, conduziu o processo pode implicar a perda de “oportunidades” para as empresas açorianas.

“Todo este processo trapalhão desenvolvido pelo Governo Regional permitiu foi fechar uma porta às empresas açorianas que dificilmente voltará a abrir”, concluiu.

A 22 de outubro, o parlamento açoriano aprovou por unanimidade criar uma comissão de inquérito às candidaturas a 117 milhões de euros do PRR, canceladas pelo Governo Regional, tendo vários deputados alertado que as Agendas Mobilizadoras acabaram.


PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados