Autor: Lusa/AO Online
O
partido assegurou em comunicado que “esteve, está e
estará sempre ao lado do esclarecimento e do escrutínio, quer da ação
governativa, quer da gestão das empresas públicas, realizadas no âmbito
parlamentar, jornalístico ou de instâncias judiciárias”. A
posição do PS/Açores, liderado por Francisco César, surge no seguimento
da reportagem da televisão SIC de quarta-feira, segundo a qual o
deputado socialista Sérgio Ávila está a ser investigado por alegada
gestão danosa e participação económica em negócio, no tempo em que
esteve no Governo Regional dos Açores. O
processo investiga prejuízos de cerca de 200 milhões de euros na
companhia aérea açoriana e um dos negócios está relacionado com a compra
de um Airbus 330 [A330], em 2016, quando o PS liderava o executivo
açoriano. O partido lembra que a situação do grupo SATA “tem sido o assunto mais debatido na última década na Região Autónoma dos Açores”. “Todos
os procedimentos e ações, neste âmbito, foram amplamente escrutinadas,
em duas Comissões Parlamentares de Inquérito específicas sobre a gestão
do grupo e numa terceira Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a
situação do setor público empresarial regional”, acrescenta. O PS/Açores salienta ainda que “o próprio Tribunal de Contas já elaborou pelo menos dois relatórios sobre a gestão da empresa”. Ainda
de acordo com o comunicado, o grupo SATA, “encontra-se, hoje - apesar
do Plano de Restruturação negociado pelo atual Governo dos Açores, em
2021, com Bruxelas, que aprovou um auxílio de Estado no valor de 453
milhões de euros - numa situação de emergência financeira e de caos
operacional, acumulando prejuízos anuais, em média/ano, de 43,3 milhões
de euros, muito superiores ao verificado no período 2013-2019, (35,3
milhões de euros)”. Com o objetivo de
salvar a empresa, o PS “disponibilizou-se para um acordo de regime com o
Governo dos Açores [PSD/CDS-PP/PPM], não tendo até ao momento obtido
nenhuma resposta”.