Açoriano Oriental
Praia da Vitória
Primeiro volume da obra de Vitorino Nemésio apresentado no Outono Vivo

No próximo dia 1 de novembro, pelas 19 horas, a Academia de Juventude e das Artes da Ilha Terceira (AJAIT), acolhe a apresentação do primeiro livro das obras completas do escritor açoriano Vitorino Nemésio, intitulado "Poesia" (1916-1940), no âmbito da XIII edição do Outono Vivo 2018.

Primeiro volume da obra de Vitorino Nemésio apresentado no Outono Vivo

Autor: Susete Rodrigues/AO Online

O volume, que resulta de uma parceria entre a editora Companhia das Ilhas e a Imprensa Nacional - Casa da Moeda, reúne a poesia publicada pelo autor durante este período de tempo, nomeadamente, a presente em livros e também a que consta em revistas e jornais da época, dando aos leitores a oportunidade de conhecerem os poemas da sua juventude e a evolução do escritor até à maturidade, adianta nota de imprensa.


Citado nesta nota, Carlos Armando Costa, vereador da Cultura da autarquia da Praia da Vitória, refere que "é com orgulho que assisto à reedição da obra de uma das figuras mais ilustres da Praia da Vitória, o escritor Vitorino Nemésio. A apresentação do primeiro volume da sua obra no Outono Vivo enriquece quem nos visita, contribuindo para aproximar as diferentes gerações. Pretendemos reforçar a cultura, enaltecendo as personalidades desta terra. Este é, sem dúvida, um registo também extremamente importante na dinamização da leitura".


O vereador disse ainda que “O Outono Vivo pauta precisamente por esta partilha de experiências entre gerações, potenciando o acesso aos mais variados temas de interesse. Naturalmente, optámos sempre por valorizar e enaltecer o que é nosso, até porque sensibilizar as camadas jovens é uma das prioridades deste certame”.


Por seu turno e para Luiz Fagundes Duarte, coordenador editorial e científico da obra,"esta edição tem como objetivo principal disponibilizar, ao leitor de hoje, os poemas de Nemésio da forma mais fiel possível, mantendo a autenticidade da escrita do próprio, como se fosse ele a assinar este volume".


Carlos Alberto Machado, responsável pela editora Companhia das Ilhas, defende que, atualmente, "não existem títulos no mercado sobre o escritor, o que leva a que a grandiosidade da sua obra não seja tão conhecida junto das pessoas, principalmente das novas gerações, Deste modo, a publicação do volume vem também aproximar a sociedade do próprio autor".


Nemésio recebeu, em 1965, o Prémio Nacional de Literatura e, em 1974, o Prémio Montaigne. A sua obra engloba títulos na área da ficção, poesia, ensaio e crítica, assim como da crónica, nomeadamente "Festa Redonda" (1950), "Nem Toda a Noite a Vida" (1952), "O Pão e Culpa" (1955), "O Verbo e a Morte" (1959), "O Cavalo Encantado" (1963), O Canto da Véspera" (1966), "Sapateia Açoriana" (1976) e "Mau Tempo no Canal" (1944).

Acrescenta a nota que o termo "açorianidade" foi criado pelo escritor, num artigo publicado em 1932, alusivo à condição histórica, geográfica, social e humana do ser açoriano.



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