Açoriano Oriental
Presidente do Governo dos Açores quer acabar com “insucessos escolares”

O presidente do Governo dos Açores considerou que o "foco" do atual executivo não é apenas combater o histórico dos “insucessos escolares” da região, mas apostar na “promoção do sucesso” dos alunos.

Presidente do Governo dos Açores quer acabar com “insucessos escolares”

Autor: Lusa/AO Online

José Manuel Bolieiro, que falava em Ponta Delgada na cerimónia de assinatura de um protocolo entre a fundação Francisco Manuel dos Santos e a Secretaria Regional da Educação, referiu que, quando confrontado com o “histórico dos insucessos escolares, das dificuldades estatísticas que os Açores têm no contexto nacional", sentiu "um estímulo para compreender a responsabilidade que havia na governação de ultrapassar os défices do sucesso educativo”.

“O nosso foco não é apenas o combate ao insucesso sob o ponto de vista da estatística, mas é a promoção do sucesso que nos move”, declarou o líder do executivo açoriano.

O chefe do executivo açoriano considerou que o Governo Regional “não se arroga o autor exclusivo do processo educativo”, contando com “o próprio aluno, a sua família, mas também com outras instituições que generosamente, com manifesta filantropia e nobre defesa de uma causa de inspiração familiar, como é o caso desta iniciativa de Teresa e Alexandre Soares dos Santos”.

O projeto denominado “Teresa e Alexandre Soares dos Santos – Iniciativa Educação”, que resulta do protocolo assinado, esta terça-feira, destina-se “sobretudo aos jovens que, devido a dificuldades gerais, económicas, familiares ou sociais, não atingem o sucesso escolar que poderiam obter e sofrem, ou estão em risco de sofrer, insucesso escolar que pode comprometer gravemente o seu futuro, mas que, com adequado apoio, poderão ser integrados com sucesso na vida escolar”.

A Iniciativa Educação inclui um programa de intervenção “com alunos com problemas na leitura e escrita denominado “Programa A a Z – Ler Melhor, Saber Mais”.

Será disponibilizado “todo o apoio científico relativo à coordenação nacional e às diversas ações necessárias ao programa” através da “coordenação nacional, científica e operacional, e as suas deslocações; os materiais do programa, nomeadamente os testes de aferição das necessidades e progressos dos alunos; a formação de professores e de professores-tutores”.

Serão efetuadas “deslocações frequentes da coordenação regional a cada uma das escolas envolvidas para apoio aos professores-tutores e registo dos progressos e de questões que necessitem de intervenção especial, até um montante máximo de 500 euros”, a par do "registo de progressos e a sua comunicação frequente à Secretaria Regional da Educação”.

O protocolo prevê ainda que serão tratados dados recolhidos pela Secretaria Regional da Educação “com o objetivo de avaliar o impacto do programa no decurso do percurso educativo”.

A secretária regional da Educação, Sofia Ribeiro, explicou que o programa começou por ser aplicado na Escola Básica e Secundária de Santa Maria, bem como básicas e integradas da Roberto Ivens e Ginetes, em São Miguel.

Vai ser agora “estendido a todas as ilhas do arquipélago”, sendo dada particular atenção às escolas com primeiro ciclo dos concelhos da Ribeira Grande e de Vila Franca do Campo, em São Miguel, “uma vez que foram as mais assoladas pela pandemia e estiveram mais tempo em ensino à distância”.

Sofia Ribeiro considerou que o programa “consiste num trabalho muito individualizado, de grande proximidade com os alunos que manifestem desde logo dificuldades, assentando numa avaliação que os professores farão nas salas de aula no início do primeiro período de escolaridade”, sendo os sinalizados canalizados para a iniciativa.


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