Açoriano Oriental
Presidente do Governo dos Açores alerta para a necessidade de “qualificar ativos”

O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, alertou que é preciso “aumentar a produtividade” da economia regional e a “qualificação dos ativos”, pedindo às empresas para aproveitar a oferta das escolas profissionais.

Presidente do Governo dos Açores alerta para a necessidade de “qualificar ativos”

Autor: Lusa/AO Online

“Não temos apenas um problema de falta de mão-de-obra, que também é verdadeiro e é preciso, tendo em conta a confiança e a pujança da nossa economia. Mas também precisamos de aumentar a produtividade e qualificação dos nossos ativos”, afirmou, falando aos jornalistas após uma visita à Escola Profissional da Horta, no Faial.

O líder do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) deixou uma “palavra de confiança a todas as escolas de formação profissional” na região, elogiando a importância do ensino profissional na qualificação de ativos.

“Exorto os empregadores a encontrarem essa oportunidade de oferta das nossas escolas profissionais espalhadas pelas nossas ilhas”, reforçou.

Esta semana, a Assembleia Regional aprovou a criação do Centro de Qualificação dos Açores, por proposta do governo açoriano, que vai resultar da transformação da Escola Profissional de Capelas, na ilha de São Miguel.

Segundo detalhou a secretária da Juventude, Qualificação Profissional e Emprego no parlamento regional, aquele centro pretende “capacitar tecnicamente os jovens e adultos em áreas como eletrónica, eletricidade, construção civil, mecânica automóvel, eletricidade e madeira”

Esta sexta-feira, Bolieiro considerou que a formação profissional é uma “oportunidade de vocação e de sucesso na vida pessoal, familiar e profissional e empreendedora” dos jovens.

“A qualificação profissional, através da formação profissional, é um bom exemplo e perspetiva um bom futuro”, assinalou.

Sobre a situação financeira das escolas profissionais da região, Bolieiro reconheceu que o período de transição entre quadros comunitários de apoio “cria muitas vezes dificuldades de tesouraria e liquidez”, mas lembrou a medida criada pelo executivo para “mitigar” as dificuldades das escolas.

A 06 de janeiro, o Governo dos Açores anunciou a criação de um apoio às escolas profissionais que vai suportar, de “forma excecional e transitória”, os encargos financeiros resultantes das operações de financiamento bancário das instituições.

Bolieiro avisou que aquele apoio “não dispensa um rigor de gestão em cada uma das escolas” profissionais.

“A nossa expectativa é que com boa gestão e com esse apoio que o governo assegurou com a banca, possamos depois entrar em velocidade cruzeiro já novo período de programação financeira plurianual para dar um bom suporte ao ensino profissional”, vincou.

A 09 de janeiro, a Associação de Escolas Profissionais dos Açores (AEPA) exigiu ao Governo Regional uma “clarificação” sobre a estratégia para esta modalidade de ensino na região, pedindo uma “comunicação transparente e eficaz” e alertando para a necessidade de “medidas urgentes”.

Em janeiro, a escola profissional Aprodaz, com cerca de 90 alunos, decidiu encerrar devido a dificuldades financeiras, tendo um passivo de cerca de 500 mil euros.

O novo Centro de Qualificação dos Açores vai desenvolver formação de nível II a V e promover uma “resposta flexível e à medida, privilegiando formações intensivas de curta duração e modelos combinados de formação, que possibilitem a aquisição de experiência, abrangendo todas as ilhas, com formação à distância”, segundo o Governo Regional.


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