Autor: Lusa/AO online
"Este Plano e Orçamento não é verdadeiramente um Plano e Orçamento. O que o Governo [Regional] aqui nos traz é uma espécie de panfleto eleitoral", afirmou o deputado Paulo Estêvão, alegando que o primeiro problema do documento proposto pelo executivo é "falta de credibilidade".
O deputado do Partido Popular Monárquico dos Açores falava no início da análise e discussão do Plano e Orçamento para 2016, proposto pelo Governo Regional socialista, no parlamento regional, na ilha do Faial.
Para Paulo Estêvão, o conteúdo da proposta de Plano e Orçamento para o próximo ano "constitui um exercício de irrealidade, um misto de fantasia e de alquimia, em suma, um delírio".
Segundo a proposta, o orçamento da Região será, em 2016, o maior de sempre, totalizando 1.577,9 milhões de euros e o plano de investimentos ascende a 782,5 milhões de euros, dos quais 523,7 milhões são financiados diretamente pelo orçamento da região.
"É um orçamento que cresce. É verdade. Cresce com recurso ao endividamento. É um orçamento que combate o desemprego. É verdade. Combate o desemprego através do recurso maciço a programas ocupacionais mal remunerados e sem futuro", disse Paulo Estêvão, acrescentando que "os Açores precisam de um novo impulso e de novas estratégias".
O único deputado do PPM no parlamento dos Açores, que já anunciou que votará contra o documento, referiu que "nada mudará enquanto se mantiver no poder um grupo de dirigentes que se eterniza no poder e consome o essencial do esforço e do trabalho dos açorianos".
"Qual é então a solução para o orçamento? A solução chama-se alternância política, democracia e liberdade", concluiu o deputado monárquico.
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