Autor: Lusa/AO Online
A posse de Daniel Chapo como Presidente de Moçambique, cargo no qual irá suceder a Filipe Nyusi, está marcada para quarta-feira.
Os deputados eleitos pelos partidos da oposição Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e Movimento Democrático de Moçambique (MDM) não estiveram presentes na cerimónia de tomada de posse da nova Assembleia da República de Moçambique.
Na sexta-feira, o parlamento português aprovou, na generalidade, uma recomendação ao Governo para que não reconheça os resultados das eleições de 09 de outubro em Moçambique "devido às graves irregularidades e fraudes denunciadas e documentadas", com votos a favor de Chega, IL, BE e Livre, abstenções de PS, PSD e CDS-PP e votos contra do PCP.
Marcelo Rebelo de Sousa tinha mantido em aberto a possibilidade de estar presente na posse de Daniel Chapo, referindo que a questão estava "a ser conduzida pelo Governo", em ligação com os diplomatas portugueses.
O Governo fará uma proposta – o Governo tem uma responsabilidade na condução da política externa – ao Presidente sobre aquilo que se fará", afirmou, na sexta-feira, remetendo uma decisão para o começo desta semana
Interrogado se a sua ausência da posse de Daniel Chapo será um sinal de que não reconhece o Governo de Moçambique, o chefe de Estado reiterou que irá "esperar pela proposta do Governo".
"E o Governo entende, eu acho que bem, que deve esperar pelo começo da semana que vem pelo decurso do fim de semana e pelo começo da semana que vem, e ponderar as circunstâncias todas e depois apresentar uma proposta para, em conjunto, ser definida qual é a posição", completou.