Autor: Lusa/AO online
Num jogo de inúmeras oportunidades perdidas, Nani (13 minutos), Simão (45), Miguel Veloso (52) e Edinho (90) materializaram o triunfo sobre a 140.ª classificada do "ranking" FIFA, confirmando o segundo lugar no Grupo 1 que vai permitir discutir a 14 e 18 de Novembro um lugar na África do Sul, com um de quatro adversários possíveis: Ucrânia, República da Irlanda, Eslovénia ou Bósnia-Herzegovina.
Do primeiro ao ultimo minuto, o desafio teve sentido único – Eduardo limitou-se a ver jogar – pois Malta, uma equipa claramente limitada, pouco mais fez do que ter 11 jogadores a defender atrás da linha da bola, acantonando-se na defesa à frente da baliza, o que dificultou uma exibição vistosa de Portugal, mais esclarecido no primeiro tempo.
Para abrir o jogo ofensivo, Queiroz, sem o lesionado Cristiano Ronaldo, recuperou o "4-4-3" perante um opositor em "4-4-1-1" que tinha apenas o lutador Michael Mifsud na frente, impotente para fazer mossa ou alcançar o primeiro golo da equipa nos 10 jogos de qualificação.
Claramente superior em todos os níveis, Portugal assaltou a baliza adversária deste o apito inicial e, face ao caudal ofensivo apresentado, é de registar se o facto de Malta ter aguentado 13 minutos sem sofrer golos.
Nani era o jogador mais dinâmico e rematador e à quarta tentativa não perdoou: recebeu o passe de Deco e, à meia-volta à entrada da área, atirou colocado, sem hipótese de defesa (13 minutos).
Malta não saia do seu meio campo e, mesmo a perder, continuava a ter como principal preocupação reduzir os espaços para os fantasiosos lusos, que, quando jogavam rápido e ao primeiro toque, deixavam o adversário desnorteado, falhando depois na finalização.
Os remates portugueses sucederam-se, mas a pontaria, como tantas vezes, não foi a melhor: Simão, Nani e Liedson eram os mais activos, mas erravam o alvo ou Andrew Hogg defendia, o que explicava a magra vantagem.
Em cima do intervalo, Simão Sabrosa voltou a mostrar veia goleadora (sábado já tinha marcado dois na vitória por 3-0 sobre a Hungria) quando, também à entrada da área, atirou colocado, de nada valendo o voo de Hogg.
Sempre tranquilo, Portugal continuou a persistir na busca de mais golos e aos 52 ampliou: Nani cruzou, a bola ficou "presa" no coração da área e Miguel Veloso, oportuno, estreou-se a marcar pela selecção AA.
A partir daí, o figurino manteve-se, mas, também devido às substituições, Portugal baixou o ritmo e perdeu clarividência, acabando Bosingwa e Pepe por receber escusados cartões amarelos.
Em cima do fim do tempo regulamentar, Edinho, que entrou para o lugar de Liedson, acreditou e ganhou a bola, conseguindo, já de ângulo apertado, fazer o 4-0.