Autor: Lusa/AO Online
"O porto comercial, a marina e o núcleo de pesca encontram-se abertos à navegação", embora condicionados, frisa-se no edital de terça-feira à noite.
No caso do cais comercial, o porto "pode ser praticado durante a noite, devendo para o efeito ser contactada em antecedência a Autoridade Portuária e a Autoridade Marítima", e "pode ser praticado o cais -5, para navios até 90 metros de comprimento e com calado até cinco metros", frisa o edital.
Na marina e núcleo de pesca, e entre várias especificidades, o capitão Rafael da Silva indica que estes podem ser utilizados "de noite por mestres, arrais, patrões e navegadores de recreio com conhecimento local [embarcações que fazem porto de armamento nas Lajes das Flores]".
A secretária do Governo Regional com a tutela dos Transportes e Obras Públicas, Ana Cunha, havia estimado em "dois, três dias" o prazo necessário para o executivo encomendar um novo barco após a publicação do edital de operacionalidade do porto.
Na semana passada, o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, garantira para "breve" novidades sobre que navio poderá abastecer as Flores, sendo este agora o "objetivo prioritário", quase dois meses após a passagem do furacão "Lorenzo".
"Será em função dos dados que resultem deste trabalho que vai ser possível avaliar que navio é que pode operar ali", acrescentou o governante, explicando que somente após o edital do capitão se poderia avançar para a fase seguinte.
Durante a passagem do “Lorenzo” pelos Açores, em outubro, foram registadas 255 ocorrências e 53 pessoas tiveram de ser realojadas.
O furacão causou a destruição total do porto das Lajes das Flores, estimando-se que o prejuízo registado possa ascender, neste caso em concreto, a mais de 190 milhões de euros.
No total, o mau tempo provocou prejuízos de cerca de 330 milhões de euros no arquipélago, segundo o Governo Regional dos Açores, sendo que o Governo da República irá assumir 85% desse valor.
As ilhas das Flores e do Corvo, no grupo ocidental do arquipélago, estão com dificuldades no envio e receção de produtos e mercadorias, pese embora o porto comercial do Corvo tenha passado incólume pelo fenómeno.
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