Autor: Lusa/AO Online
“Face à informação recolhida, a Procuradora-Geral da República entende não se justificar qualquer reponderação do prazo estabelecido”, disse à agência Lusa fonte da PGR, confirmando uma informação avançada pela rádio TSF.
A mesma fonte explicou que “a Procuradora-Geral da República foi informada pela equipa de magistrados afeta à investigação do ponto de situação do processo, tendo, assim, obtido uma informação pormenorizada e devidamente fundamentada relativamente ao estado do inquérito”.
De acordo com a mesma fonte da PGR, esta informação substituiu o relatório inicialmente previsto.
A conclusão da investigação relacionada com a “Operação Marquês” ficou agendada para março de 2017, depois de em setembro a Procuradoria-Geral da República ter concedido mais 180 dias (seis meses) para a "realização de todas as diligências de investigação consideradas imprescindíveis".
A Operação Marquês conta com 18 arguidos, incluindo o ex-primeiro ministro José Sócrates, que esteve preso preventivamente mais de nove meses, e que está indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito.
São ainda arguidos o ex-ministro socialista Armando Vara e a filha, Carlos Santos Silva, empresário e amigo do ex-primeiro-ministro, Joaquim Barroca, empresário do grupo Lena, João Perna, antigo motorista do ex-líder do PS, Paulo Lalanda de Castro, do grupo Octapharma, Inês do Rosário, mulher de Carlos Santos Silva, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e os empresários Diogo Gaspar Ferreira e Rui Mão de Ferro e o empresário luso-angolano Helder Bataglia.