Açoriano Oriental
Pescadores "bastante" preocupados com proposta de redução da quota do goraz
O presidente da Federação de Pescas dos Açores (FPA) afirmou que está "bastante preocupado" com a proposta da Comissão Europeia de reduzir em 34% o total admissível de captura (TAC) do goraz na região.

Autor: Lusa/AO online

“Fui apanhado completamente de surpresa com esta perspetiva de corte nestas espécies. Nós poderíamos prever que fosse feita uma proposta de redução na quota do goraz, mas não com este significado. Seria uma redução relativamente pequena”, declarou à agência Lusa José António Fernandes.

O dirigente da FPA declarou apelou para que o Governo dos Açores defenda junto do Estado-membro a necessidade de salvaguardar os interesses da pesca açoriana.

“Se chegarmos a estes extremos propostos pela Comissão Europeia, isso significa um corte brutal nas pescas dos Açores”, defendeu o presidente da FPA.

José António Fernandes salvaguardou que, apesar de os pescadores não terem sido capazes de capturar as 920 toneladas de goraz anuais estipuladas pela União Europeia, a redução para 610 toneladas em 2015 e 400 em 2016 “não se compreende”.

“Certamente que isso não vai acontecer. Seria uma machadada na pesca, algo brutal”, ressalvou o responsável, sublinhando que já se capturou “muito mais” em anos anteriores e que se assistiu depois a uma redução, registando-se este ano, até este mês, 530 toneladas de goraz.

José António Fernandes referiu que no caso específico do peixe-espada preto - a proposta da Comissão Europeia aponta neste caso uma redução de 14% nos TAC para os próximos dois anos, para o total do país - não se trata de uma espécie que esteja a ser capturada na “máxima força”, mas “vai influenciar, no futuro, o que é negativo”.

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